O democrata Barack Obama elegeu-se presidente dos EUA sob a égide da mudança. Parecido com o mote usado pelo então candidato Lula em 2002, quando derrotou o tucano Serra e venceu pela primeira vez depois de três tentativas fracassadas. Aliás, em sua primeira carta enviada a Obama, Lula repetiu o melô "A esperança venceu o medo" bem sucedido por aqui há seis anos.
Os americanos elegeram Obama depois de se enfastiarem com o republicanismo de Bush. Lula também venceu após os brasileiros se cansarem de FHC. Bush começou bem, tendo atitude quando dos ataques de 11 de setembro de 2001; depois, perdeu-se. FHC começou bem, com o controle da inflação e o sucesso do Plano Real; depois, perdeu-se, e não conseguiu eleger o sucessor.
Democratas e republicanos se enfrentam como PT e PSDB o fazem no Brasil. McCain tentou convencer o eleitor que um eventual governo seu não seria continuidade do fracassado Bush. Serra não dizia diretamente, mas também não se esbaldou com a herança do governo FHC. Foram vencidos pela esperança proclamada respectivamente por Obama e Lula.
A diferença crucial: Lula obteve sucesso por aqui porque conseguiu manter as políticas econômicas desenvolvidas e conquistadas pelo antecessor FHC; assim, concentrou-se na área social, o que o diferencia, e bastante, do modelo tucano. Obama, pelo contrário, recebe uma economia em frangalhos dos republicanos. Para obter sucesso nas outras áreas, terá de focar as políticas econômicas para livrar os EUA de uma recessão prolongada. Terá mais trabalho, portanto, que Lula.
Quando discursou pela primeira vez após a confirmação da vitória, Obama falava como se fosse presidente do Mundo. Numa primeira impressão, parece exagero, mas não é. Ao menos, o democrata parece reconhecer o importante papel que desempenhará a partir de agora. Não deixa de ser um bom começo.
sábado, 8 de novembro de 2008
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