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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sobre a fatura política em cima da recuperação do Tatu

A Prefeitura de Cordeirópolis obteve da Cetesb a licença ambiental para construir sua estação de tratamento de esgoto. Nas previsões do prefeito Carlos Cézar Tamiazo (PPS), o "Féio", se tudo der certo, as obras começam em 2009 e devem ser entregues em 2011.

A construção da ETE é um dos capítulos finais da batalha iniciada pelo promotor Rodrigo Sanches para reduzir o péssimo impacto ambiental que o esgoto lançado no ribeirão Tatu provoca. Sanches nem atua mais em Cordeirópolis, mas dias antes de se transferir, deixou instaurado um outro inquérito civil para tentar compartilhar os custos da restauração das margens do Tatu na cidade com as empresas poluidoras. Nada mais justo, diga-se de passagem.

Chamo atenção, mais uma vez, para a eficiência do MP nestas questões: assim como em Limeira, a Prefeitura de Cordeirópolis foi obrigada a firmar um ajustamento de conduta que desembocasse na ETE. Em Limeira, não fosse a atuação firme do promotor Luiz Alberto Segalla Bevilácqua, o Tatu talvez não estivesse hoje 98% despoluído.

A recuperação de todo o Tatu, agora com a participação de Cordeirópolis, deve ser creditada ao MP. Se dependessemos das administrações públicas, o marasmo nesta área persistiria. Bevilácqua já avisou: quando a Prefeitura for anunciar a despoluição completa do Tatu, quer estar presente na cerimônia para dizer exatamente por que se atingiu esta realidade.

O prefeito Sílvio Félix adora faturar politicamente em cima da recuperação do Vale do Tatu. Ele tem, é claro, uma participação nisso, não podemos negar, assim como a Águas de Limeira, que foi quem mais desembolsou dinheiro nesta história toda. Mas a restauração deve ser creditada ao MP. Em Cordeirópolis, será que existirá quem deseja faturar nisso também?

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