A juíza Michelli Vieira do Lago, substituta da 3ª Vara Criminal, condenou o auxiliar de fundição José Adriano Bertanha, 27, a 20 anos e 2 meses de reclusão pelo acusação de crime de latrocínio (roubo seguido de morte) praticado contra o empresário Luís Teixeira Mecatti, 54 anos, em agosto do ano passado.
Além da condenação, a juíza negou a Bertanha o direito de apelar em liberdade pelo fato da pena imposta ter sido elevada, o que pode instigá-lo à fuga. A pena, atingida diante dos antecedentes criminais de Bertanha (passagem por roubo), terá de ser cumprida em regime inicial fechado.
A magistrada pediu também, na sentença assinada em 13 de outubro, a remessa dos autos ao Ministério Público (MP) para que se investigue possível crime de coação contra as testemunha envolvidas, especialmente à namorada do rapaz. Bertanha foi condenado, ainda, a uma pena pecuniária no valor de 10 dias-multa.
Mecatti, que atuava no ramo de factoring, desapareceu, juntamente com seu Celta prata, DIY-2358/Limeira, na tarde de 29 de agosto de 2007, quando foi visto pela última vez na região central, ao sair de sua empresa. O mistério começou a ser elucidado por volta das 2h, quando uma equipe da Polícia Militar abordou o Celta trafegando pela SP-147/Limeira-Mogi Mirim, com avaria no farol direito. Dentro, estavam Bertanha e a namorada.
Inicialmente, ele alegou que o carro fora emprestado por Mecatti, mas não soube explicar onde se encontrava o empresário, nem porque estava com sua carteira e documentos pessoais. Durante todo o dia seguinte, ele negou-se a passar mais informações. Mas a namorada contou aos policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) que Bertanha havia matado o dono do carro e jogado o corpo em um córrego.
Sem alternativas, o rapaz conduziu os policiais até o local da desova, no córrego Bonito, em um sítio do bairro dos Frades, zona rural, cujo acesso se dá pela estrada vicinal que liga Limeira a Artur Nogueira. Mecatti fora estrangulado entre às 15h e 16h. Bertanha disse que o matara para ficar com o veículo. O cadáver estava posicionado com a barriga para baixo e um dos braços à altura da cabeça.
A avaria no carro teria decorrido de uma colisão com outro veículo. Uma terceira pessoa foi detida, pois, segundo a polícia, iria levar o carro de Mecatti para receptadores em Campinas. Mecatti era tido como uma pessoa organizada e que cumpria rotinas comuns a um pai de família, como a de levar o filho na escola.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
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