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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Surpresas, perdas e ganhos

O saldo das eleições de 2014 para o cenário político de Limeira tem resultados surpreendentes, previsíveis e frustrantes.

Fruto de um cálculo exitoso, no qual Tiririca foi o destaque, a eleição de Miguel Lombardi surpreende pelo fato de o vereador ter obtido número expressivo de votos em sua primeira tentativa de voo além da Câmara.

Eficiente em apresentar poucos, mas relevantes projetos, como a Bolsa Creche e a Lei Fecha Bar, e adesista por natureza ao governo de plantão, nem a atuação como presidente da CP que cassou Silvio Félix mudou a imagem reservada de Lombardi.

No domingo (dia 5), ele dizia estar anestesiado por romper o jejum da cidade. Futuro deputado federal, ele tem a grandiosa missão de ajudar Limeira e construir seu mandato vinculado à cidade, coisa que Otoniel Lima falhou enquanto esteve no Congresso.

Previsível foi o desempenho de Mário Botion. Os 36 mil votos em Limeira, além de lhe dar o melhor desempenho entre os candidatos locais, sugerem um eleitorado represado em 2012 que se ampliou, e dão-lhe força para disputar o Edifício Prada.

Também previsível foi o resultado de candidatos que terminaram com o máximo que poderiam obter: desempenho para sonhar com a próxima legislatura da Câmara.

São os casos de Nicinha Lopes, Marcos Neves, Rodrigo Oliveira, Valdir Elias, Abraão de Jesus, Alex Pelisson, Gildo Oliveira, Rafael Camargo e Tiago Gardinali. Os vereadores saíram da disputa com "gordura" para a reeleição, como Mayra Costa, José Roberto Bernardo, Dr.Júlio, Dinho e Totó do Gás, este último um pouco menor.

Os desempenhos frustrantes ficaram por conta de Ronei Martins, Renê Soares e Kléber Leite.

Eleito vereador com mais de 12 mil votos, Ronei virou presidente do Legislativo e se empenhou no Parlamento do Aglomerado de Piracicaba, o que lhe permitiu criar contatos e visitar cidades da região. Mas encolheu seu capital político quando seria natural o oposto.

Difícil saber se a intensa defesa que fez de um governo mal avaliado causou impacto, mas isto é possível. Seu fraco desempenho nas urnas dificulta o avanço da ideia de uma candidatura petista solo ao Prada - ele era o único com condições de materializá-la.

Renê, que quer a Prefeitura, não conseguiu o suficiente para sonhar com um mandato de vereador. Já Kléber Leite, que teve 24 mil votos em 2010, não levou agora nem 10 mil - pode pensar na Câmara, e não com a Prefeitura.

O balanço mostra que o eleitorado limeirense ajudou a eleger, com muito ou poucos votos, 163 deputados, entre federais e estaduais. É o suficiente para acreditarmos e cobrarmos uma relação mais próxima deles com a cidade.

*Artigo publicado originalmente pelo editor na edição de 13-10-14 da Gazeta de Limeira

**Crédito da imagem: TSE

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