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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Projeto imobiliário foi planejado ignorando cuidados ambientais

As empresas BKO e AGRA poderiam ter evitado facilmente todos os problemas que agora enfrenta para provar que o empreendimento "Morar Mais Limeira", que será erguido no antigo clube do Estudantes, em nada afeta uma nascente que desemboca num ribeirão integrante da bacia do Rio Piracicaba.

Com base em uma representação, a Promotoria do Meio Ambiente abriu um inquérito civil para apurar possíveis danos ambientais. É bem provável que seja arquivado, verdade. Informados por mim a respeito da abertura do procedimento, os representantes da empresa estiveram na promotoria, disseram que isso vai afetar as vendas, tudo mais.

Em maio, a colega Renata Reis foi a primeira a relatar a preocupação com relação à nascente. Naquela ocasião, o empreendimento já estava anunciado, mas a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura avisara que notificaria as empresas para apresentarem laudos técnicos. Na seqüência, um engenheiro das empresas revelou que não sabiam da existência da nascente.

Em julho, o diretor da empresas, Mário Giangrande, explicou todos os detalhes do empreendimento, inclusive com previsão de geração de empregos. E ele mesmo disse agora que o parecer do DEPRN e um estudo hidro-geológico da região foram apresentados somente no início de setembro para a Prefeitura.

Donde se pode concluir: montaram e anunciaram todo o projeto sem saber em que terreno estavam pisando. E se o laudo do DEPRN apontasse problemas, como ficaria? Tudo indica que os estudos mostram que não há problemas. Mas os cuidados necessários para um empreendimento imobiliário de grande porte não foram tomados por completo neste caso.

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