A ArvinMeritor, uma das maiores empregadoras de Limeira, decidiu tomar uma medida drástica e reduziu a jornada semanal de trabalho, temporariamente, para 3 dias, dando outros dois de folga para mais de mil trabalhadores.
A empresa justifica queda nas encomendas e diz que a decisão é temporária, perdurando até que haja volume suficiente de peças para retomar a produção normal. Desde outubro, a Meritor vinha dando sinais de que a crise financeira global traria reflexos graves para suas atividades. Com um mês de antecedência, anunciara férias coletivas para a grande maioria dos funcionários no final do ano.
A redução na jornada de trabalho vai encontrar, é claro, resistência no Sindicato dos Metalúrgicos. É preciso muita cautela na negociação. A Meritor, por enquanto, não anunciou demissões em massa, como a Invicta fez, o que é uma atitude louvável. A redução da jornada é uma alternativa difícil, mas evita, ao menos, as demissões.
É preocupante, no entanto, o efeito que esta medida vai gerar na economia limeirense. Muitas empresas pequenas, fornecedoras no setor de auto-peças, podem se espelhar na multinacional e propor algo parecido. Do tipo: "já que até a Meritor fez, porque vamos segurar o rojão conosco?". O empresariado tem de ser cauteloso no que vai fazer.
Os efeitos na crise da Meritor reforçam os indícios de que a arrecadação do Município deve cair, acompanhando a queda industrial. A empresa, sem dúvida, é uma das que mais geram receita de ICMS para a Prefeitura.
Limeira inteira torce para que a Meritor supere esta fase difícil e não provoque demissões em massa.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
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