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sábado, 3 de janeiro de 2009

Autônomo condenado por tentar estuprar três jovens

A Justiça de Limeira condenou, em sentença assinada no último dia 17, o autônomo José Roberto Piffer, 47, morador de Americana, a seis anos de prisão, em regime inicial fechado, pela tentativa de estuprar três jovens, entre elas uma adolescente de 12 anos. A decisão cabe recurso.

O caso ocorreu em 29 de janeiro do ano passado. D.G.M., 22, moradora do bairro Monte Verde, zona rural de Limeira, a amiga A.P.F., 23, e a irmã adolescente haviam apanhado carona, por volta das 16h, com o autônomo na "estrada da balsa", antiga vicinal que liga Santa Bárbara D'Oeste à Limeira. Elas caminhavam em direção à Limeira e aceitaram a carona por estar chovendo.

Porém, o motorista não parou o Fiat Uno no ponto combinado, estacionando o veículo em um canavial, onde teria sacado faca e canivete, dizendo que manteria relação sexual com as três. As vítimas relataram que tentaram acalmar Piffer, dizendo que topariam, desde que ele afastasse a arma. Nisso, ao perceber uma distração de Piffer, D. segurou-lhe pelos braços, enquanto a amiga o prensou contra o volante.

Na confusão, a amiga e a adolescente fugiram. Antes de sair do veículo, D. foi ferida pelo motorista com a faca, o que chegou a deixar sangue nele. A moça teve cortes profundos em uma das mãos e braços e recebeu uma coronhada na face esquerda. A bolsa de D. e uma mecha de seu cabelo ficaram no veículo - o tufo foi apreendido e considerado na sentença como prova de que houve embate físico dentro do Fiat.

Os GMs Márcio e De Paula, do Pelotão Ambiental da Guarda Municipal de Limeira, passavam em patrulhamento pelo local e se depararam com as moças. Os GMs transmitiram a informação para a Gama, colegas de profissão de Americana, que localizou o motorista, autuado em flagrante pela delegada local Sandra Aparecida Santa Rosa.

O autônomo negou a acusação e disse ter dado carona às três após ter bebido com elas em um bar. Afirmou ter sido vítima de um roubo e negou ter feito proposta de cunho sexual. Uma testemunha disse em juízo que as moças faziam programas sexuais naquela região, mas a informação foi considerada irrelevante pela Justiça, pois até prostitutas podem ser vítimas de estupro, segundo a sentença.

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