O MST deixou na tarde de hoje os barracos que ergueram nas áreas do Horto onde o Ministério Público (MP) acusa-os, com base em laudos, de promover degradação ambiental.
Os integrantes do movimento refugiaram-se no Acampamento Elizabeth Teixeira, com seus animais de criação. Só sobraram os barracos e um ou outro pertence.
Apenas um único morador foi encontrado pelo oficial de justiça.
Vinha de Sumaré - e ainda tem gente que diz ser mentira a informação de que os ocupantes do Horto são de "fora".
Pacificamente, o homem ouviu do representante da Justiça que precisava se retirar da área e, resignado, aceitou.
Quem acompanhou o processo de condução de desocupação avalia que o prefeito Sílvio Félix perdeu a chance de impor uma derrota ao movimento, já que poderia acionar um trator para derrubar os barracos - e tinha, naquele momento, respaldo da PM e da Justiça para fazê-lo.
Félix, porém, preferiu ser cauteloso e esperar que o movimento ponha abaixo suas próprias habitações - se o MST não fizer isso em dez dias, a multa prevista é de R$ 4 mil.
Interrogado por este jornalista, o humilde senhor integrante do MST disse que desconhecia ordem para saída.
"Mas a gente tá aqui por causa do Incra. Homologaram tudo aqui pra nóis. A área não é da União?"
Enquanto isso, uma reunião às portas fechadas ocorria no Acampamento Elisabeth Teixeira.
A coordenação discutia a decisão da Justiça. Por uma hora, lideranças atendiam as ligações de celulares; depois, os aparelhos emudeceram após a chegada do oficial de justiça à área que haviam deixado.
Hoje, o MST recuou; amanhã vai ser outro dia, como canta Chico.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Envie seu comentário