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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

MST recua por um dia

O MST deixou na tarde de hoje os barracos que ergueram nas áreas do Horto onde o Ministério Público (MP) acusa-os, com base em laudos, de promover degradação ambiental.

Os integrantes do movimento refugiaram-se no Acampamento Elizabeth Teixeira, com seus animais de criação. Só sobraram os barracos e um ou outro pertence.

Apenas um único morador foi encontrado pelo oficial de justiça.

Vinha de Sumaré - e ainda tem gente que diz ser mentira a informação de que os ocupantes do Horto são de "fora".

Pacificamente, o homem ouviu do representante da Justiça que precisava se retirar da área e, resignado, aceitou.

Quem acompanhou o processo de condução de desocupação avalia que o prefeito Sílvio Félix perdeu a chance de impor uma derrota ao movimento, já que poderia acionar um trator para derrubar os barracos - e tinha, naquele momento, respaldo da PM e da Justiça para fazê-lo.

Félix, porém, preferiu ser cauteloso e esperar que o movimento ponha abaixo suas próprias habitações - se o MST não fizer isso em dez dias, a multa prevista é de R$ 4 mil.

Interrogado por este jornalista, o humilde senhor integrante do MST disse que desconhecia ordem para saída.

"Mas a gente tá aqui por causa do Incra. Homologaram tudo aqui pra nóis. A área não é da União?"

Enquanto isso, uma reunião às portas fechadas ocorria no Acampamento Elisabeth Teixeira.

A coordenação discutia a decisão da Justiça. Por uma hora, lideranças atendiam as ligações de celulares; depois, os aparelhos emudeceram após a chegada do oficial de justiça à área que haviam deixado.

Hoje, o MST recuou; amanhã vai ser outro dia, como canta Chico.

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