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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Para não haver mais uma greve

Texto do autor publicado na coluna Prisma, edição de hoje (18/05/09) da Gazeta de Limeira:

"A greve parcial dos servidores municipais encerrou-se na última sexta-feira após longos 29 dias de muito bate-boca, inflexibilidades - ora da Prefeitura, ora do sindicato – e um saldo prejudicial à população, como de fato acontece na maioria das greves, como esta que acabou e, muito possivelmente, como a próxima que se avizinha.

Sim, limeirenses, se o transtorno da paralisação dos servidores incomodou, é bom lembrarmos que os motoristas iniciaram estado de greve no início do mês.

Propostas foram feitas e a Viação Limeirense, numa tentativa de precaver-se, já obteve na Justiça liminar que garante o funcionamento parcial dos ônibus, caso a greve seja decretada.

A longa paralisação dos servidores deixou um saldo lamentável de cenas que exemplificam bem os prejuízos causados à população, especialmente a mais carente e que mais precisa dos serviços públicos essenciais, como saúde e educação.

Pais perderam horas de serviço dando um jeito de encontrar um lugar onde deixar o filho; casas deixaram de ser visitadas porque agentes de saúde pararam e postos de saúde atenderam de forma precária, entre outras situações.

O fato mais deprimente, na minha avaliação: diretoras de creches disponibilizaram aos pais um termo de responsabilidade para que assinassem quando deixassem os filhos nas escolas. Motivo: sabem que os contratados emergencialmente pela Prefeitura não possuem capacitação suficiente e desconhecem seus antecedentes criminais.

Tradução: “Olha, Sr. Pai, você está deixando seu filho com uma pessoa que não saberá lidar com ele e que não sabemos se é um criminoso ou não”.

Inaceitável tratar o cidadão limeirense, tão preocupado com diversas outras coisas, desta forma.

Como se pode esperar pelo histórico de anos anteriores, quero fazer neste espaço um pedido ao prefeito Sílvio Félix: a fim de evitar que um novo movimento grevista traga mais transtorno à população, desta vez no transporte público, que ele participe da mesa de negociações, na condição de agente público que concedeu os serviços essenciais às viações.

Por sua vez, que motoristas e cobradores façam suas reivindicações de forma legítima, mas que não recorram à greve como meio mais fácil de obter o que desejam.

Que haja flexibilidade e bom senso, de todos os lados. Os limeirenses não suportam mais greves".

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