A negociação costurada pela Prefeitura com a Apeoesp, sindicato dos professores, tem impacto decisivo no momento grevista organizado pelos servidores municipais de Limeira.
Para atender os professores, Félix pode usar o dinheiro do Fundeb (Fundo da Educação Básica), que é uma verba carimbada do governo federal e que deve ser investida na valorização do professor.
Como a Gazeta de Limeira revelou no dia 5 de abril, o Município deve receber neste ano um total de R$ 59 milhões do Fundo. É grana à beça. Será o primeiro ano que o dinheiro será repassado em correspondência a todos os alunos da educação básica limeirense - a implantação do Fundeb vem sendo gradativa, desde 2007.
Ao dar esperanças aos professores, a Prefeitura tenta enfraquecer um dos pilares mais importantes do movimento grevista do Sindsel.
Os alvos principais das paralisações são as creches e postos de saúde, locais onde a população é mais dependente dos servidores municipais - por consequência, mais prejudicada quando estes interrompem o atendimento.
Se os professores recuarem, satisfeitos com a proposta negociada pela Apeoesp, o movimento grevista sofre um duro golpe. Não foi à toa que ocorreram estranhamentos entre representantes dos servidores e dos professores nos últimos dias.
É uma jogada política hábil de Félix. Por enquanto, ainda que de forma precária, vai funcionando.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
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