Notícias sobre Justiça, leis e a sociedade: fatos e análises. Quarta-feira, 23 de abril de 2025

sábado, 28 de março de 2009

TCE aciona MP pela demora de Félix em concluir sindicância que apura contrato do governo Pejon

Poucas semanas após ser multado em R$ 15 mil por demorar na prestação de informações sobre sindicância da Forty ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), o prefeito Sílvio Félix pode ser alvo de questionamento do MP sobre mais uma, até agora, inexplicável letargia.

O conselheiro do TCE Fúlvio Julião Biazzi mandou expedir ofício ao promotor da Cidadania, Cléber Masson, para que este tome as providências cabíveis a respeito da falta de informações por parte do governo Félix a respeito da sindicância instaurada pela portaria nº 1.455, de 2 de outubro de 2008, para apurar as irregularidades que resultaram no julgamento irregular do contrato mantido pela Prefeitura em 2004, no governo de José Carlos Pejon, com a Empresa de Desenvolvimento de Limeira (Emdel) para o controle da Área Azul.

Trata-se do mesmo teor de ação civil pública de improbidade administrativa movida por Masson em janeiro contra o ex-prefeito. O promotor pediu à Justiça a condenação de Pejon, do ex-diretor da Emdel, José Roberto Raimondo, e do ex-diretor administrativo da empresa, Nelson Brigatto Júnior, pelo fato de a Prefeitura ter dispensado a licitação. O contrato foi firmado no valor de R$ 730 mil.

O promotor moveu a ação com base na decisão do TCE. Após o julgamento pela irregularidade, em dezembro de 2006, os conselheiros fixaram prazo de 60 dias para que Pejon apresentasse ao Tribunal as providências adotadas. A decisão foi mantida em 20 de fevereiro de 2008, no julgamento do recurso ordinário movido pelo ex-prefeito. Na ocasião, foram expedidos ofícios ao prefeito de Limeira, Sílvio Félix, e ao presidente da Câmara, Eliseu Daniel dos Santos. Foi Eliseu que encaminhou cópia da decisão à Promotoria.

Félix, por sua vez e dentro de suas atribuições como atual administrador da Prefeitura, assinou em outubro passado a portaria que constituiu a comissão de sindicância para apurar as irregularidades que resultaram na reprovação. Requereu, junto ao Tribunal, mais 60 dias para apresentação de informações sobre o caso. Biazzi consentiu. Porém, o prazo concedido transcorreu em branco, segundo o conselheiro.

Além da comunicação oficial ao MP sobre a demora na prestação de informações, Biazzi emitiu alerta à Félix para que, ao término da sindicância da Área Azul, encaminhe cópias das conclusões do procedimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Envie seu comentário