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quinta-feira, 19 de março de 2009

A caixa-preta das multas

Tenho dúvidas se o demonstrativo financeiro apresentado pela Prefeitura em audiência pública, no último dia 2, resiste a uma análise aprofundada, mais detida. Um item (será?) já ruiu.

Bastou a divulgação de um valor (entre muitos), de efeito claramente deletério na imagem da administração pública, para que a Prefeitura se apressasse a dizer que não é bem assim, que o número estava incorreto.

E este valor é a arrecadação de multas. Está lá, indicado em uma das folhas do demonstrativo, o valor de R$ 3.708.505,84, o que corresponde(ria) a um expressivo aumento de 53% em relação à receita de 2007. Desde o início de janeiro, a Gazeta pediu a divulgação deste valor, informação negada pelo prefeito Sílvio Félix (por que será?)

Sai o aumento de 53% estampado nas páginas do jornal e a Prefeitura, mais que depressa, diz que errou, que foi, na verdade, R$ 1.917.982,08. Uma diferença (simples) de R$ 1.790.523,76. E que, comparado com 2007, é uma queda de 20%.

Diz a Prefeitura que adicionou o valor de outras multas, como o de limpeza de terrenos públicos e poda de árvores. O que é pior? uma fábrica de multas aplicadas pelos "laranjinhas", uma fábrica de multas por podas de árvores ou um servidor público juntar tudo na mesma soma, poda e trânsito?

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