A limeirense Renata Drago Rossi, 38, conhecidíssima na cidade pelas acusações de prática de estelionato, entrou, ao lado do banqueiro Daniel Dantas, para o seleto grupo de condenados do juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Fausto Martin De Sanctis.
De Sanctis condenou-a à pena de 2 anos e 4 meses de reclusão e pagamento de 11 dias-multa, conforme previsto no artigo 5º da Lei nº 7.492/86 ( Lei de crimes contra o sistema financeiro): "Apropriar-se, quaisquer das pessoas mencionadas no art. 25 desta lei, de dinheiro, título, valor ou qualquer outro bem móvel de que tem a posse, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio".
O artigo 25 estabelece, como penalmente responsáveis, o controlador e os administradores de instituição financeira, como diretores, gerentes, interventores, liqüidantes e síndicos. Segundo apurado pelo blog, Renata foi condenada por fraudes envolvendo empréstimos em nome de aposentados, denunciadas pela Previdência Social. Outro crime ao qual ela respondeu - e foi condenada - é a velha prática de "171". O regime estabelecido por De Sanctis para o cumprimento da pena é o semi-aberto.
Renata teve a prisão preventiva decretada pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo em agosto do ano passado. No dia 21 daquele mês, o delegado José Aparecido Cortez e o investigador Dalgé, ambos do 1º Distrito Policial (DP), cumpriram o mandado de prisão e a prenderam por volta das 13h no Centro, onde Renata morava. Naquela época, ela já respondia por 11 processos na esfera criminal e outros 4 na cível.
Segundo a Polícia Civil, Renata montava escritórios de gerenciamento de crédito e beneficiava-se das facilidades previstas na legislação para empresas que dão créditos a aposentados e pensionista. Ela realizava o empréstimo no limite máximo permitido ao beneficiário e dizia ter feito por valor inferior. Repassava uma pequena quantia à pessoa que a procurava e embolsava o excedente, de acordo com o relato obtido pelo jornalista Assis Cavalcante na época.
Na prisão, Renata contrariava normas. Exigia que a encarregada da limpeza da delegacia entrasse na cela para fazer a faxina - é o próprio preso o responsável pela limpeza. Insistia manter-se de sapatos, quando foi obrigada a seguir as regras e usar chinelos.
Meses depois, Renata voltaria a aparecer nas páginas policiais. Em 15 de novembro de 2007, operação comandada pelo delegado seccional Aparecido Capello flagrou-a em sua residência, no Condomínio Itapuã. Apurou-se que ela subornava carcereiros do presídio de Leme para que pudesse ter saídas temporárias e visitar familiares. Quatro carcereiros tiveram envolvimento no caso - um deles recebeu um Fiat Uno Mille de presente.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
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ela é esperta hein!!
ResponderExcluirmuito inteligente!!