O bispo dom Vílson Dias de Oliveira resolveu esquentar a briga pela sucessão da Câmara. Chamou na terça-feira um café-da-manhã para os vereadores católicos e conversou abertamente sobre a eleição da Mesa Diretora da Câmara. Na votação informal, Miguel Lombardi e Farid seriam os escolhidos, mas recusaram se lançar candidato.
Na sessão da Câmara, à noite, Elza era a mais revoltada em plenário com o encontro. Espírita, condenou a atitude do bispo diocesano, pregando que dom Vilson chamasse a todos, incluindo os evangélicos, para o encontro. Cortez chegou a anunciar um rompimento político com o evangélico Eliseu e depois voltou atrás, dizendo que se acertaram em reunião a portas fechadas.
É legítimo a Diocese articular-se politicamente, mas é claro que causa mal-estar. Devemos lembrar que as igrejas evangélicas fazem algo parecido, quando dividem o salão paroquial em dois lados e prega-se voto em dois candidatos. Iraciara só se elegeu vereadora - e por duas vezes - dessa forma. Portanto, não é legítima a reclamação de evangélicos sobre o movimento católico.
Pelo menos, o encontro organizado por dom Vilson, que lamentou a quebra de ética de vereadores que revelaram conteúdos do encontro, serviu para animar um pouco o fim de uma legislatura apagada como foi a de 2004/2008. Não é a primeira vez que o bispo se mete em uma questão política. Há um ano, ele atacou a saída à força do MST do Horto, que provocou o confronto com a PM. Por causa disso, foi motivo de risos de integrantes do governo Félix.
O bispo sabe agora quem tem ética e com quem pode contar ou não na Câmara.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
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