Infeliz é a melhor palavra para qualificar a opção feita pelo bispo dom Vilson Dias de Oliveira e o vigário-geral Reynaldo Ferreira de Mello de tentar barrar a divulgação de reportagens sobre a transferência de padres da Diocese de Limeira.
Censura não é um termo que cai bem justamente ao responsável pela Pastoral da Comunicação no Regional Sul 1, da CNBB (estado de São Paulo), função desempenhada por dom Vilson, conforme lembrado pela Gazeta de Limeira na edição desta sexta-feira.
Os dois erraram em ir à Justiça e na maneira como conduziram o assunto. Ingressaram a ação em nome da Diocese, o que põe a imagem institucional da Igreja Católica em jogo.
O assunto virou pauta da grande imprensa, especialmente do jornal O Estado de S.Paulo, veículo que está, desde o final de julho, sob censura quanto à publicação de reportagens referentes às investigações da Polícia Federal sobre as atividades de Fernando Sarney, filho do ex-presidente e atual comandante do Congresso, José Sarney.
Reservadamente, membros da Igreja condenaram a atitude do bispo de tentar suspender as reportagens.
Não se sabe ainda o tamanho da indisposição que dom Vílson, em viagem a Roma, encontrará em Limeira quando voltar.
Não com os órgãos de comunicação, que, tenho certeza, apesar da ação judicial, continuarão a respeitá-lo e a conceder espaço para que, com transparência, dê informações de claro interesse público, especialmente à comunidade católica.
A indisposição estará na própria igreja.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
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