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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Adolescente diz misturar Tamiflu para aumentar volume de cocaína

Uma adolescente de 14 anos disse anteontem à Polícia Militar (PM) que mistura Tamiflu à cocaína, com objetivo de aumentar o volume do entorpecente.

O medicamento é indicado para infecções respiratórias graves, como a gripe suína, e vendido apenas com prescrição médica.

O relato foi feito na manhã do feriado de Finados, quando a garota foi levada ao plantão policial após PMs encontrarem em seu poder uma porção cuja suspeita inicial era cocaína.

Porém, uma constatação provisória feita pelo Instituto de Criminalística (IC) atestou negativo para a substância.

Por volta das 9h40, os PMs Belucci e Lourenço receberam denúncias anônimas de que na Rua Dom Tarciso do Amaral, Jardim Antônio Simonetti, haveria uma adolescente morena, forte e com blusa rosa traficando drogas.

O entorpecente, segundo as informações, era guardado no sutiã. No local descrito, os policiais encontraram uma jovem com características iguais às denúncias.

Ao perceber a aproximação da viatura, a menina teria dispensado algo no chão, que aparentava ser cocaína.

Aos PMs, ela confirmou se tratar do entorpecente, dizendo que ia vendê-lo. Os policiais entraram na casa da jovem, na mesma rua.

No local, a menina entregou aos PMs uma cartela de Tamiflu com três cápsulas.

Ela disse que havia utilizado outras três para misturar à cocaína e aumentar o volume da droga. Não disse a origem da substância ou do remédio.

No plantão policial, a adolescente confirmou à delegada Andréa Arnosti Pavan o que disse aos PMs, mas declinou de prestar declarações formais, segundo consta no boletim de ocorrência.

A pedido da polícia, perito do IC de Limeira atestou preliminarmente que a substância apreendida com a jovem não era cocaína e que não tinha recursos suficientes para analisar o medicamento.

Com o resultado, a delegada liberou a menina e determinou a ida da substância e das cápsulas ao IC de Piracicaba para uma perícia definitiva.

A jovem disse que estava cumprindo medida socioeducativa e que deveria se apresentar até a meia-noite de anteontem à instituição onde está internada, em São Paulo.

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