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sábado, 3 de janeiro de 2015

"Casa arrumada, hora de colher" vira mote da etapa final de mandato de Hadich

As duas entrevistas concedidas pelo prefeito Paulo Hadich (PSB) no final do ano passado, ao G1 Piracicaba e à Gazeta de Limeira, confirmam o espírito com o qual seu governo pretende atuar neste ano: o momento é hora de colher o que foi plantado em 2013 e 2014.

"Casa arrumada" são as palavras em voga.

Hadich foi enfático na entrevista à Gazeta: "A segunda metade será o momento de colher tudo o que foi plantado de melhorias significativas na saúde, educação, no meio ambiente e de consolidar obras iniciadas".

A crítica de muitos é entender exatamente o que são estas "melhorias significativas".

Aliados de Hadich defendem a tese de que os críticos não veem por que não querem.

De outro lado, não se pode esquecer os resultados da pesquisa Gazeta/Limite feita no final de agosto, que mostraram uma população desapontada com o atual governo - 63% disseram que nada melhorou após Hadich assumir e 48% reprovaram sua gestão.

A aposta de Hadich está na consolidação do Instituto Federal de Educação, Fatec e parcerias com a Unicamp, além das creches que serão entregues, erguidas com verba federal.

O prefeito torcerá para que a chuva não atrapalhe tanto o andamento do "piscinão" no Tiro de Guerra e deve voltar sua atenção para onde Félix conseguiu popularidade: o anel viário.

No aspecto econômico, Limeira enfrentará as mesmas turbulências que o país, como um todo, passará. Se a receita baixar, Hadich diz que vai rever prioridades, uma obviedade.

Até o momento, a redução de comissionados, utilizada como forma de convencimento no diálogo com os vereadores sobre a taxa da luz, está fora do discurso inicial para 2015.

Ao G1 Piracicaba, Hadich fez uma reflexão quando questionado sobre as investigações do MP sobre o seu governo. "Estamos vivendo em um processo de criminalização da política e dos políticos. O que deveríamos levar em conta é se foi cometido algum erro, o erro que foi cometido, e se aquela pessoa se beneficiou ou não com aquele erro. O poder público hoje não é mais leviano. Nós temos a fiscalização da própria Prefeitura, do Ministério Público, de órgãos reguladores, do próprio cidadão, que pode fazer denúncia. Nós temos a fiscalização dos tribunais de contas do estado e da União. Todos esses órgãos fiscalizam com olhos clínicos, então o agente público não se beneficia mais do poder".

É curiosa a tese de criminalização da política e dos políticos. Seria uma fala mais cabível a Silvio Félix, Paulo Maluf, entre outros políticos que sempre demonizam as investigações, mas não a Hadich, ex-vereador que se beneficiou de um momento turbulento para chegar ao Edifício Prada e sempre pregou a fiscalização do poder público.

* Crédito da imagem: Wagner Morente/Prefeitura de Limeira

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