Não é preciso muito para concluir que o segundo ano do mandato de Paulo Hadich foi melhor que o primeiro.
Por um motivo simples: quando pouca coisa acontece, o pouco que vem a seguir significa muito.
No caso do atual prefeito, só o fato de ter evitado bobagens, como o corte de ovos de Páscoa às crianças, corte da TV Cultura e o desleixo na montagem da árvore de Natal na praça central, já mostrou que Hadich aprendeu algumas lições.
Hadich teve o que comemorar e com o que se preocupar neste ano. Obteve conquistas que nenhum outro prefeito conseguiu, como o tão esperado Poupatempo (já em funcionamento) e o Bom Prato, ambos programas do governo estadual.
A cidade avançou na busca pela faculdade de medicina. No campo da habitação e urbanismo, foram criados mecanismos para regularização de bairros há anos esquecidos pelo poder público local, marcando uma distinção de outras gestões.
Mesmo com avanços em algumas áreas, a pesquisa feita pela Limite Consultoria, a pedido da Gazeta no final de agosto, mostrou baixa popularidade de seu governo: 48,9% de reprovação e 63% dos entrevistados dizendo que nada melhorou com a sua administração.
Difícil estimar se esses índices melhoraram, mas, após a pesquisa, é preciso destacar a atuação de Hadich na condução de ações contra a crise hídrica.
Tardio ou não, o plano de ações preventivas comandado pela Prefeitura ajudou a cidade a passar (bem, se comparado a outras cidades) pelo momento terrível de seca.
Há outro fato. Com a pesquisa divulgada, o diagnóstico de Hadich foi: é preciso divulgar mais as ações do governo. Daí a explosão de propagandas (algumas forçadas, como as da pesquisa de uma consultoria, com a qual o governo quis tirar dividendos políticos).
Se isso apagará a primeira impressão deixada por Hadich, só saberemos no futuro.
No campo político, o prefeito terminou mal o ano.
Não conseguiu unificar sua base na Câmara, para eleger um aliado na presidência. Precisou recuar diante da ideia de tributar chácaras com o IPTU, não conseguiu convencer os vereadores sobre a "taxa da luz", e irritou profundamente os servidores públicos com medidas impopulares.
Começa o ano novo com queixas de vários vereadores e segmentos políticos. Quem acompanha a área sabe que a época para mover peças no tabuleiro eleitoral é o ano anterior ao da eleição.
Se 2013 foi o ano para falar mal da herança que recebeu e do governo anterior, 2014 foi o tempo necessário para Hadich concluir a reforma administrativa que tanto apregoou como necessária para governar – não sem polêmica, como o questionamento do MP na Justiça, por enquanto no campo da interpretação jurídica.
Tudo leva a crer que 2015, como diz um observador da política local, vai transcorrer na base do "ou vai ou racha".
* Crédito da imagem: Wagner Morente/Prefeitura de Limeira
** Artigo publicado originalmente pelo editor na edição de 29-12-14 da Gazeta de Limeira
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
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Mas como pode melhorar, se o Secretário da Administração, não fez o provisionamento orçamentário a tempo?
ResponderExcluirafff sem palavras
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