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domingo, 28 de setembro de 2008

Síndrome de Piracicaba

O "modus operandi" foi o mesmo.

Uma empresa da capital emite um comunicado a respeito de um empreendimento, de características superpositivas para a cidade, em pleno período eleitoral. A Prefeitura nega dar informações. Os projetos, no entanto, estão longe de se tornar realidade.

Foi assim com o anúncio da restauração do antigo Limeira Shopping. Quem acompanha o caso pela Justiça local sabe que nada de concreto pode ser feito a curto prazo. A Justiça ainda está concluindo o inventário de bens do Grupo Ragazzo, ex-proprietário do empreendimento, para, em seguida, leiloá-los. O dinheiro obtido será empregado para quitar as dívidas do Grupo, que ultrapassa R$ 10 milhões.

Agora, "vaza" para a imprensa a informação de que uma multinacional chinesa deve se instalar em Limeira juntamente com seu parque de fornecedores, num megaprojeto semelhante ao anunciado recentemente pela Hyundai em Piracicaba. Mas, conforme a empresa que passou as informações, as negociações ainda levam 1 ano para serem concluídas. Leia mais aqui.

Se leva 1 ano, por que isso foi divulgado agora, em plena reta final de campanha eleitoral?

Conhecendo a política empregada pelo prefeito Sílvio Félix, tenho certeza de que a informação foi "vazada" propositadamente pela Prefeitura. Ela só beneficia o atual prefeito.

Ambos os projetos são realidades para daqui um tempo ainda - empresários chineses realmente sondaram terras na região do bairro do Tatu, relata o fotógrafo e colega João Batista Anthero. Eu quero ver se isso terá dado pé em 1 ano.

Ao que parece, as autoridades da cidade pegaram a "síndrome de Piracicaba".

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