Uma leitura atenta da ata do Consu da reunião de 27 de maio de 2008 mostra que a aprovação dos 8 cursos da Unicamp para 2009 não foi tão fácil assim, apesar de o placar, ao final, ter sido dilatado a favor do início das aulas.
No Consu, órgão de deliberação máxima, todos os votantes têm direito a expor seu ponto de vista. O reitor, autoridade maior, é quem inicia os trabalhos. Naquele dia, o professor José Tadeu Jorge fez uma longa explanação sobre todos os aspectos que deveriam ser lembrados pelos conselheiros na votação, do mais favorável ao mais trágico cenário possível.
Tadeu Jorge havia conseguido, nos meses anteriores, angariar a simpatia dos conselheiros para o início das aulas em 2009. Já tinha, portanto, a maioria. Mas todos os que pronunciaram aquele dia da votação tinham um consenso sobre um ponto: o câmpus seria inaugurado com inúmeras precariedades. E isso foi amplamente debatido na sessão.
Em resumo: todos foram unânimes em considerar que o câmpus começa meio "capenga". Mas a própria Unicamp admite que não há momento ideal para se começar um câmpus. O de Campinas, por exemplo: no início, os alunos ficavam espalhados em vários prédios da cidade até que as salas de aulas ficassem prontas.
Mesmo com tantos apontamentos, a Unicamp apostou suas fichas para 2009. Lançou o câmpus. Se a verba para a manutenção for escassa nos próximos anos, é o governo estadual que poderá sair "arranhado". É bom lembramos: o reitor ainda tem na gaveta o documento assinado pelo então governador Geraldo Alckimin se comprometendo financeiramente com a universidade.
A Unicamp assumiu sozinha o inicio das aulas. Por isso, quando alguém aparecer na campanha eleitoral se vangloriando de ter trazido a Unicamp para Limeira, lembre-se da ata: há muito mais implicações/considerações que demagogia.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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