O PT de Limeira precisa de renovação.
Dois episódios na semana passada mostram que o partido está anos-luz de ser encarado a sério pela população limeirense como alternativa de governo: o movimento grevista no transporte coletivo e o protesto dos servidores municipais, este último liderado pela presidente do sindicato da categoria, que é a esposa do candidato do PT à Prefeitura, Osmar Lopes.
Não quero aqui entrar no mérito das reivindicações, as quais considero justas numa democracia. Todos têm de lutar por seus direitos, e a greve é uma das maneiras previstas na Constituição. Portanto, respeito esse direito. Mas os dois movimentos, ao contrário de que julgam seus organizadores, são mais tiros no pé do que qualquer coisa.
Osmar não passa de 1% nas pesquisas da Limite/Gazeta, e provavelmente não passará disto se achar que se seu partido incendiar os motoristas a "pararem" o transporte da população vai tirar votos de Félix.
Pelo contrário, é o que Sílvio precisa para reforçar seu discurso de conspiração política e armar o circo de ações de defesa: intimação às viações, notificações ao MP, rescisão de contrato, e todo filme que já vimos antes.
O PT é o partido mais forte do País. Tem um presidente recordista em popularidade, que poderá ficar para a História como a mais importante personalidade política da República. Lula pode deixar Getúlio e Juscelino na saudade. Um partido desses tinha tudo para ter boa representatividade política na cidade. Suplicy e Mercadante, dois quadros respeitáveis do PT, deram apoio a Osmar, mas o candidato não deslancha.
O PT precisa rever sua estratégia. Do contrário, ficará eternamente como coadjuvante. E não são movimentos como os da semana passada que vão melhorar sua imagem junto à população.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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