Faço essa pergunta insistentemente desde que soube, quando ainda estava no Litoral Norte, da "inauguração" do câmpus da Unicamp pelo governador José Serra (PSDB), aquele mesmo que mandou o antecessor Cláudio Lembo vetar os recursos para o funcionamento do câmpus para 2007 (Há quem diga, dentro da Unicamp, que os dois deveriam ser sempre lembrados negativamente pelos limeirenses pelo episódio).
Pura jogada de marketing político. Vamos aos fatos: no cronograma da Unicamp, o câmpus 2 seria inaugurado em dezembro, numa data entre os dias 15 e 18, com a presença dos integrantes do Conselho Universitário (Consu) e de Serra. Em janeiro, com a inauguração, instala-se um escritório administrativo, que pelo menos já falaria um "Bom dia! O que deseja?" para o limeirense.
Pois bem, Serra veio na sexta, com o câmpus em plena construção. Como "inaugurou", sendo que o espaço permanece sem atividade qualquer por enquanto? E como falar em inauguração sem a presença do reitor José Tadeu Jorge que, todos sabem, foi um dos grandes idealizadores e lutadores do câmpus 2? Muito mal explicado.
Dias depois, o governo estadual publica dois anúncios publicitários sobre a inauguração nos principais veículos de comunicação. Isso sem falar que "inaugurar" na véspera de eleição, quando nenhuma pessoa postulante pode aparecer, vai no contra-senso do que se entende por política.
Para completar o estapafúrdio episódio, Serra não anunciou nada de novo em sua passagem em Limeira, reavivou notícias velhas, teve de dar explicações para a greve dos policiais civis e enfrentou protestos de estudantes do Ceset, que lutam há anos por moradias ou ajuda mais significativa nessa questão.
A quem interessou a vinda de Serra à cidade?
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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