domingo, 28 de setembro de 2008
Pausa
Saio de cena e passo uns dias em São Sebastião, Litoral Norte. Volto no final de semana para as eleições.
Clube de Campo da Inter vai à leilão
Vejam a que ponto chegou a (ex) gloriosa Internacional de Limeira, primeira campeã paulista do Interior.
Nessa terça-feira, dia 30, está prevista, às 13h30, no Fórum Trabalhista, ali no Jardim Glória, a hasta pública que leiloará, em pregão único de venda e arrematação, o Clube de Campo da Inter, penhorado para quitar uma dívida de R$ 68.107,38.
O imóvel foi avaliado em R$ 950 mil. Vejam a descrição atual do bem, feita pelo oficial de Justiça, a qual transcrevo:
"... ao diligenciar no local, constatei que toda a rede elétrica do clube foi retirada (ao que parece furtada). Notei também que os banheiros foram alvo de vandalismo, estando todos, sem exceção, com os conjuntos sanitários quebrados. No que tange às piscinas, as mesmas se encontram vazias, sendo que os motores e filtros (peças de considerável valor econômico) foram retirados da casa de máquinas. Quanto aos imóveis, constatei que todos sofreram danificações nos telhados e vidraças, sendo estas também alvo de vandalismo, haja vista a maioria estarem quebradas. Há também avarias de menores dimensões por todo o clube, como portas quebradas, paredes perfuradas, lâmpadas quebradas e grades amassadas. Nos parques infantis, notei também que os 'cavalinhos' foram entortados (Meu Deus, até isso!)...".
Vai Leão! Pra onde?
Nessa terça-feira, dia 30, está prevista, às 13h30, no Fórum Trabalhista, ali no Jardim Glória, a hasta pública que leiloará, em pregão único de venda e arrematação, o Clube de Campo da Inter, penhorado para quitar uma dívida de R$ 68.107,38.
O imóvel foi avaliado em R$ 950 mil. Vejam a descrição atual do bem, feita pelo oficial de Justiça, a qual transcrevo:
"... ao diligenciar no local, constatei que toda a rede elétrica do clube foi retirada (ao que parece furtada). Notei também que os banheiros foram alvo de vandalismo, estando todos, sem exceção, com os conjuntos sanitários quebrados. No que tange às piscinas, as mesmas se encontram vazias, sendo que os motores e filtros (peças de considerável valor econômico) foram retirados da casa de máquinas. Quanto aos imóveis, constatei que todos sofreram danificações nos telhados e vidraças, sendo estas também alvo de vandalismo, haja vista a maioria estarem quebradas. Há também avarias de menores dimensões por todo o clube, como portas quebradas, paredes perfuradas, lâmpadas quebradas e grades amassadas. Nos parques infantis, notei também que os 'cavalinhos' foram entortados (Meu Deus, até isso!)...".
Vai Leão! Pra onde?
Síndrome de Piracicaba
O "modus operandi" foi o mesmo.
Uma empresa da capital emite um comunicado a respeito de um empreendimento, de características superpositivas para a cidade, em pleno período eleitoral. A Prefeitura nega dar informações. Os projetos, no entanto, estão longe de se tornar realidade.
Foi assim com o anúncio da restauração do antigo Limeira Shopping. Quem acompanha o caso pela Justiça local sabe que nada de concreto pode ser feito a curto prazo. A Justiça ainda está concluindo o inventário de bens do Grupo Ragazzo, ex-proprietário do empreendimento, para, em seguida, leiloá-los. O dinheiro obtido será empregado para quitar as dívidas do Grupo, que ultrapassa R$ 10 milhões.
Agora, "vaza" para a imprensa a informação de que uma multinacional chinesa deve se instalar em Limeira juntamente com seu parque de fornecedores, num megaprojeto semelhante ao anunciado recentemente pela Hyundai em Piracicaba. Mas, conforme a empresa que passou as informações, as negociações ainda levam 1 ano para serem concluídas. Leia mais aqui.
Se leva 1 ano, por que isso foi divulgado agora, em plena reta final de campanha eleitoral?
Conhecendo a política empregada pelo prefeito Sílvio Félix, tenho certeza de que a informação foi "vazada" propositadamente pela Prefeitura. Ela só beneficia o atual prefeito.
Ambos os projetos são realidades para daqui um tempo ainda - empresários chineses realmente sondaram terras na região do bairro do Tatu, relata o fotógrafo e colega João Batista Anthero. Eu quero ver se isso terá dado pé em 1 ano.
Ao que parece, as autoridades da cidade pegaram a "síndrome de Piracicaba".
Uma empresa da capital emite um comunicado a respeito de um empreendimento, de características superpositivas para a cidade, em pleno período eleitoral. A Prefeitura nega dar informações. Os projetos, no entanto, estão longe de se tornar realidade.
Foi assim com o anúncio da restauração do antigo Limeira Shopping. Quem acompanha o caso pela Justiça local sabe que nada de concreto pode ser feito a curto prazo. A Justiça ainda está concluindo o inventário de bens do Grupo Ragazzo, ex-proprietário do empreendimento, para, em seguida, leiloá-los. O dinheiro obtido será empregado para quitar as dívidas do Grupo, que ultrapassa R$ 10 milhões.
Agora, "vaza" para a imprensa a informação de que uma multinacional chinesa deve se instalar em Limeira juntamente com seu parque de fornecedores, num megaprojeto semelhante ao anunciado recentemente pela Hyundai em Piracicaba. Mas, conforme a empresa que passou as informações, as negociações ainda levam 1 ano para serem concluídas. Leia mais aqui.
Se leva 1 ano, por que isso foi divulgado agora, em plena reta final de campanha eleitoral?
Conhecendo a política empregada pelo prefeito Sílvio Félix, tenho certeza de que a informação foi "vazada" propositadamente pela Prefeitura. Ela só beneficia o atual prefeito.
Ambos os projetos são realidades para daqui um tempo ainda - empresários chineses realmente sondaram terras na região do bairro do Tatu, relata o fotógrafo e colega João Batista Anthero. Eu quero ver se isso terá dado pé em 1 ano.
Ao que parece, as autoridades da cidade pegaram a "síndrome de Piracicaba".
Vitória do fogo
A Usina Ester, de Cosmópolis, escapou de pagar uma indenização pedida na Justiça pelo Ministério Público (MP) por danos causados à saúde da população de Limeira devido à queima da palha da cana-de-açúcar.
A ação civil pública foi movida antes de valer a proibição, por lei, da queima na cidade, o que ocorreu em maio de 2007. As queimadas têm prazo para serem exterminadas em todo o Estado: 2014, conforme o protocolo agroambiental firmado pelo governo com as usinas.
Mas o juiz Mário Sérgio Menezes, em sua análise do caso, apontou um detalhe: ele reconhece que, em muitos casos, devido à irregularidades no terreno, não há outra alternativa a não ser botar fogo. Leia mais aqui.
A ação civil pública foi movida antes de valer a proibição, por lei, da queima na cidade, o que ocorreu em maio de 2007. As queimadas têm prazo para serem exterminadas em todo o Estado: 2014, conforme o protocolo agroambiental firmado pelo governo com as usinas.
Mas o juiz Mário Sérgio Menezes, em sua análise do caso, apontou um detalhe: ele reconhece que, em muitos casos, devido à irregularidades no terreno, não há outra alternativa a não ser botar fogo. Leia mais aqui.
sábado, 27 de setembro de 2008
Liminar impõe mudanças na TV Jornal
A Justiça Federal aceitou os efeitos de liminar pedidos pelo procurador da República do Ministério Público Federal (MPF) em Piracicaba, Fausto Kozo Kosaka, contra a Fundação Orlando Zovico, mantenedora da TV Jornal.
O despacho foi assinado ontem e deve ser publicado nos próximos dias no Diário da Justiça.
A liminar pedia a suspensão imediata da exibição do programa "A Hora da Verdade", hoje comandado pelo apresentar Kléber Leite, por apresentar formato incompatível com os fins educativos previstos no contrato de concessão e da legislação, ou sua adequação.
Os pedidos de efeitos de tutela antecipada incluíam ainda:
a) Readequação imediata de todos os programas exibidos no canal à finalidade educativa;
b) Proibição de mostrar imagens e conteúdos ofensivos à moral, aos bons costumes ou com apelo sexual, palavras de baixo calão, imagens de presos, em especial de crianças e adolescentes, de modo a expô-los de maneira vexatória;
c) Abstenção de celebrar contratos publicitários;
d) Veiculação, antes da exibição de cada programa, de uma mensagem escrita, com prazo de duração não inferior a 30 segundos, informando resumidamente as obrigações impostas pela decisão judicial;
e) Impedir a Fundação Orlando Zovico de transferir sua concessão ao Sistema Jornal de Rádio e Televisão e ao Sistema Jornal de Rádio;
f) Determinar a Anatel o cumprimento da obrigação de fiscalizar e a acompanhar permanentemente a TV quanto ao contrato de concessão;
g) Que a Fundação Orlando Zovico seja somente a concessionária no processo, diante da "simbiose" existente entre as empresas criadas pelo vice-prefeito.
O descumprimento da ordem judicial previsto é multa, que não deve ser inferior a R$ 10 mil por dia. O valor exato estipulado pela Justiça será conhecido na publicação do Diário da Justiça.
A conferir nos próximos dias.
O despacho foi assinado ontem e deve ser publicado nos próximos dias no Diário da Justiça.
A liminar pedia a suspensão imediata da exibição do programa "A Hora da Verdade", hoje comandado pelo apresentar Kléber Leite, por apresentar formato incompatível com os fins educativos previstos no contrato de concessão e da legislação, ou sua adequação.
Os pedidos de efeitos de tutela antecipada incluíam ainda:
a) Readequação imediata de todos os programas exibidos no canal à finalidade educativa;
b) Proibição de mostrar imagens e conteúdos ofensivos à moral, aos bons costumes ou com apelo sexual, palavras de baixo calão, imagens de presos, em especial de crianças e adolescentes, de modo a expô-los de maneira vexatória;
c) Abstenção de celebrar contratos publicitários;
d) Veiculação, antes da exibição de cada programa, de uma mensagem escrita, com prazo de duração não inferior a 30 segundos, informando resumidamente as obrigações impostas pela decisão judicial;
e) Impedir a Fundação Orlando Zovico de transferir sua concessão ao Sistema Jornal de Rádio e Televisão e ao Sistema Jornal de Rádio;
f) Determinar a Anatel o cumprimento da obrigação de fiscalizar e a acompanhar permanentemente a TV quanto ao contrato de concessão;
g) Que a Fundação Orlando Zovico seja somente a concessionária no processo, diante da "simbiose" existente entre as empresas criadas pelo vice-prefeito.
O descumprimento da ordem judicial previsto é multa, que não deve ser inferior a R$ 10 mil por dia. O valor exato estipulado pela Justiça será conhecido na publicação do Diário da Justiça.
A conferir nos próximos dias.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
A polêmica do pedágio
A ação do MP que pede a desativação do pedágio da Limeira-Piracicaba levanta a polêmica do cerceamento do ir e vir do cidadão. Leia mais aqui.
Os argumentos e a ação, que visa beneficiar moradores de um bairro prejudicados pela instalação da praça, são ousados, mas acredito que não vá prosperar. Os interesses econômicos que estão em jogo são altos e a decretação da nulidade do pedágio criaria um precedente terrível para a máquina do Estado.
Mas o juiz poderá acolher as outras sugestões alternativas apontadas pela Promotoria. Discutir o tema, entretanto, é altamente saudável e relevante.
A privatização das estradas deixou-as em bom estado de conservação. Limeira é cercada pelas melhores rodovias do País. Mas é um exagero a quantidade de praças e o custo que se paga para se deslocar pelo Estado. O pedágio em questão gerou polêmica desde sua implantação. Foi uma das primeiras bandeiras defendidas por Félix, que deitou-se na rodovia para evitar a construção e viu o Estado passar por cima de suas alegações.
O ideal é que se construísse um retorno para os moradores do Marrafon ou que os cadastrasse e os isentasse da tarifa. Por enquanto, a Procuradoria Geral-do Estado e a Intervias rechaçam essas idéias. Vamos aguardar o que a Justiça decidirá.
Os argumentos e a ação, que visa beneficiar moradores de um bairro prejudicados pela instalação da praça, são ousados, mas acredito que não vá prosperar. Os interesses econômicos que estão em jogo são altos e a decretação da nulidade do pedágio criaria um precedente terrível para a máquina do Estado.
Mas o juiz poderá acolher as outras sugestões alternativas apontadas pela Promotoria. Discutir o tema, entretanto, é altamente saudável e relevante.
A privatização das estradas deixou-as em bom estado de conservação. Limeira é cercada pelas melhores rodovias do País. Mas é um exagero a quantidade de praças e o custo que se paga para se deslocar pelo Estado. O pedágio em questão gerou polêmica desde sua implantação. Foi uma das primeiras bandeiras defendidas por Félix, que deitou-se na rodovia para evitar a construção e viu o Estado passar por cima de suas alegações.
O ideal é que se construísse um retorno para os moradores do Marrafon ou que os cadastrasse e os isentasse da tarifa. Por enquanto, a Procuradoria Geral-do Estado e a Intervias rechaçam essas idéias. Vamos aguardar o que a Justiça decidirá.
A mesma história
Pejon safou-se de uma e já responde outra ação civil pública. Agora, o motivo é velho conhecido e até esperado: a não-aplicação do montante exigido pela Constituição na área da educação.
Promotoria baseou-se na reprovação de contas feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), transitada em julgado somente em novembro passado.
No trâmite até chegar ao MP, o caso passou na Câmara, onde houve julgamento político. Os vereadores o absolveram. Será que a Justiça segue a mesma linha? Pedrinho Kühl foi inocentado, mas a Câmara não o absolveu, o que o deixa inelegível.
Acho que o juiz seguirá a mesma linha adotada no processo de Kühl e absolverá Pejon.
Promotoria baseou-se na reprovação de contas feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), transitada em julgado somente em novembro passado.
No trâmite até chegar ao MP, o caso passou na Câmara, onde houve julgamento político. Os vereadores o absolveram. Será que a Justiça segue a mesma linha? Pedrinho Kühl foi inocentado, mas a Câmara não o absolveu, o que o deixa inelegível.
Acho que o juiz seguirá a mesma linha adotada no processo de Kühl e absolverá Pejon.
Alto risco
É pra se pensar seriamente os números trazidos pelo JL hoje a respeito da gravidez na adolescência em Limeira. Leia mais aqui. Só nos cinco primeiros meses do ano, a Vigilância Epidemiológica contabilizou 290 bebês nascidos de mães entre 10 e 20 anos. Na faixa de 10 a 14 anos, foram dez casos. Estatísticas que devem servir de alerta para os postulantes a cargo público em outubro. Tá faltando campanhas de prevenção nas escolas para evitar essa gravidez de alto risco.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Cria-se um assentamento
O Incra não quer saber de ouvir a Prefeitura sobre qualquer proposta que mude o local do assentamento no Horto. Enquanto o drama se arrasta na Justiça, a União vai mexendo os pauzinhos para deixar tudo ajeitado para usar mesmo um bom espaço do Horto para abrigar 150 famílias.
Agora, o negócio tem até nome: Projeto de Desenvolvimento Sustentável Horto Florestal Tatu. Leia mais aqui.
Ao ceder as terras provisoriamente para a reforma agrária, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, consegue agradar o Incra enquanto a briga na Justiça perdurar. O instituto é, sabidamente, um terreno de ocupação de militâncias de uma ala mais radical do PT, que apóia os movimntos sociais, como o MST.
Há quem defenda até a criação de uma nova autarquia para as questões fundiárias, como o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger.
Fica assim: como o assentamento só poderá vingar quando o terreno foi incorporado por completo ao patrimônio da União, o governo federal deixa o Incra pensar que a área é dele. Se a Justiça der ganho à União, ótimo, os trâmites burocráticos do assentamento foram cumpridos e é só assentar as famílias. Se a Prefeitura ganhar a área, tudo bem, entra com recurso e prorroga a questão por mais tempo. Para a União, a desapropriação argumentada pela Prefeitura não foi concluída e, portanto, ela não é dona das terras.
Quem sorri com tudo isso é o MST.
Agora, o negócio tem até nome: Projeto de Desenvolvimento Sustentável Horto Florestal Tatu. Leia mais aqui.
Ao ceder as terras provisoriamente para a reforma agrária, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, consegue agradar o Incra enquanto a briga na Justiça perdurar. O instituto é, sabidamente, um terreno de ocupação de militâncias de uma ala mais radical do PT, que apóia os movimntos sociais, como o MST.
Há quem defenda até a criação de uma nova autarquia para as questões fundiárias, como o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger.
Fica assim: como o assentamento só poderá vingar quando o terreno foi incorporado por completo ao patrimônio da União, o governo federal deixa o Incra pensar que a área é dele. Se a Justiça der ganho à União, ótimo, os trâmites burocráticos do assentamento foram cumpridos e é só assentar as famílias. Se a Prefeitura ganhar a área, tudo bem, entra com recurso e prorroga a questão por mais tempo. Para a União, a desapropriação argumentada pela Prefeitura não foi concluída e, portanto, ela não é dona das terras.
Quem sorri com tudo isso é o MST.
O descanso dos vereadores
Projeto do vereador Tarcílio Bosco (PSB) quer alterar o período de férias dos vereadores em anos de eleição. Passaria dos quinze dias iniciais de julho para os finais de setembro, na véspera da votação. Não é uma má proposta. Ligue à tarde na Câmara e procure falar com os vereadores. A maioria não está porque está envolvida na campanha. Todos os 14 legisladores tentam a reeleição. Leia mais aqui.
A saga de Cristiano
O ex-presidente da Câmara de Cordeirópolis, Cristiano Guarasemin (PMDB), finalmente recebe uma boa notícia. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) acolheu seu recurso e revogou a desaprovação das contas do Legislativo nos anos em que o chefiava. Leia mais aqui.
Mas Guarasemin ainda sofre em outras esferas. Na Justiça Estadual, foi condenado em abril passado por improbidade administrativa na nomeação de uma funcionária. Sua advogada fará sustentação oral em sua defesa no Tribunal de Justiça (TJ) em breve, na tentativa de também reverter essa decisão.
Mas Guarasemin ainda sofre em outras esferas. Na Justiça Estadual, foi condenado em abril passado por improbidade administrativa na nomeação de uma funcionária. Sua advogada fará sustentação oral em sua defesa no Tribunal de Justiça (TJ) em breve, na tentativa de também reverter essa decisão.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Votos para Cover serão inválidos
Tá decidido. Os votos destinados ao falecido Marco Cover não valerão. Juiz eleitoral Marcelo Ielo Amaro entende que não seria justo com os demais candidatos se os votos valessem com direcionamento à legenda. Mas, ao que parece, sua foto ainda está nas urnas. Leia mais aqui.
Juiz isenta Pejon em ação civil
Pejon conseguiu se livrar de uma das ações civis públicas em que figura como réu. A Justiça considerou que não houve ilegalidade na dispensa de licitação para a prorrogação dos contratos do transporte coletivo, ocorrida em 2004. O Ministério Público (MP) deve recorrer da decisão. O ex-tucano defendeu a prorrogação como solução para o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Leia mais aqui.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Orgulho de terraplanagem
Há tempos que o Aeródromo virou uma disputa política. O governo Félix comprou briga com o presidente do Aeroclube, Nilton David, e conseguiu, agora definitivamente em segunda instância, a posse de um imóvel que era ocupado de forma irregular. Recentemente, até um canil virou alvo de briga.
Tanta discussão encobre o que realmente deveria ser alvo do Município: o novo aeroporto. Em seu folheto de propaganda, Félix gaba-se de ter arrumado a terraplanagem e diz que, agora, espera verba federal para dar andamento nas obras. Orgulha-se disso.
Esse é mais um caso nebuloso em que a Prefeitura envolveu-se. A licitação do aeroporto, vencida pela construtora OAS por R$ 46 milhões, foi considerada irregular pelo TCE, que detectou vícios no certame. Preços estavam fora dos praticados no mercado.
Tanta discussão encobre o que realmente deveria ser alvo do Município: o novo aeroporto. Em seu folheto de propaganda, Félix gaba-se de ter arrumado a terraplanagem e diz que, agora, espera verba federal para dar andamento nas obras. Orgulha-se disso.
Esse é mais um caso nebuloso em que a Prefeitura envolveu-se. A licitação do aeroporto, vencida pela construtora OAS por R$ 46 milhões, foi considerada irregular pelo TCE, que detectou vícios no certame. Preços estavam fora dos praticados no mercado.
Descaracterização do Prada
O prefeito Sílvio Félix foi intimado a parar de alterar as características originais do Edifício Prada, prédio histórico que desde 2004 é a sede da Prefeitura. Uma liminar concedida em 2006 já dava essa determinação, mas oficiais de justiça constataram modificações recentes, como abertura de cavidades para instalação de ar-condicionado, escadas e janelas. Tombamento do prédio está emperrado porque o Plano Diretor do Município ainda não foi aprovado na Câmara. Leia mais aqui.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Juiz nega ressarcimento de depredação
Lembram-se daquela invasão do Paço Municipal pelo movimento dos sem casa em 10 de outubro de 2005?
Pois é, o Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira e um de seus diretores, Roberto Dias, escaparam de punição. O Município ajuizou na Justiça ação indenizatória porque integrantes do movimento depredaram bens públicos e quebraram equipamentos da fonte que fica em frente ao Edifício Prada.
Pediu a condenação dos dois a ressarcir os R$ 2.581,70 referentes ao plantio de grama, substituição de lâmpadas e o conserto da cancela. Mas o juiz Flávio Dassi Vianna entendeu que a Prefeitura não esclareceu qual relação teriam Dias e o sindicato com o movimento.
Cerqueira sustenta que o sindicato não participou dessa ocupação, apenas ofereceu seu sistema de som (eles gostam de fazer isso mesmo, vide o Sindittrul). "Não há prova, portanto, de que alguém do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira causou os danos materiais alegados", sentenciou Vianna.
E o Município é quem terá de pagar honorários advocatícios em 15% do valor corrigida da causa. O processo subiu recentemente para o Tribunal de Justiça (TJ) em São Paulo.
Pois é, o Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira e um de seus diretores, Roberto Dias, escaparam de punição. O Município ajuizou na Justiça ação indenizatória porque integrantes do movimento depredaram bens públicos e quebraram equipamentos da fonte que fica em frente ao Edifício Prada.
Pediu a condenação dos dois a ressarcir os R$ 2.581,70 referentes ao plantio de grama, substituição de lâmpadas e o conserto da cancela. Mas o juiz Flávio Dassi Vianna entendeu que a Prefeitura não esclareceu qual relação teriam Dias e o sindicato com o movimento.
Cerqueira sustenta que o sindicato não participou dessa ocupação, apenas ofereceu seu sistema de som (eles gostam de fazer isso mesmo, vide o Sindittrul). "Não há prova, portanto, de que alguém do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira causou os danos materiais alegados", sentenciou Vianna.
E o Município é quem terá de pagar honorários advocatícios em 15% do valor corrigida da causa. O processo subiu recentemente para o Tribunal de Justiça (TJ) em São Paulo.
Félix saberá lidar com o rótulo "ficha suja"?
Não deu outra. Quintal abusou de lembrar Félix como "ficha suja" no programa da TV de hoje.
Vai colar? Não sei. As pesquisas disponíveis mostram que os eleitores têm rejeição aos candidatos "fichas sujas", mas acho isso um tanto superficial. Daí a mudar seu voto são outros quinhentos. Mas é uma linha que pode ser batida pela oposição.
Até onde der. É bom lembrarmos que, em São Paulo, Marta conseguiu brecar na Justiça a associação de seu nome ao rótulo da "sujeira". Creio que após o programa de hoje a campanha de Félix também irá se mobilizar para barrar os abusos.
Félix é réu em três casos gravíssimos de improbidade administrativa denunciados pelo MP. Em um deles já foi condenado, a do nepotismo ao empregar a esposa na presidência do Ceprosom. A ação do caso Unifarma já teve liminar reconhecendo indícios de irregularidades. E a merenda então, nem se fala. Tá pra existir algum órgão que APROVE a licitação e o contrato, além da Prefeitura.
É interessante sabermos como Félix vai lidar com este rótulo. De imediato, posso afiançar que nem entrevista ele quis dar aos jornais sobre o fato.
Vai colar? Não sei. As pesquisas disponíveis mostram que os eleitores têm rejeição aos candidatos "fichas sujas", mas acho isso um tanto superficial. Daí a mudar seu voto são outros quinhentos. Mas é uma linha que pode ser batida pela oposição.
Até onde der. É bom lembrarmos que, em São Paulo, Marta conseguiu brecar na Justiça a associação de seu nome ao rótulo da "sujeira". Creio que após o programa de hoje a campanha de Félix também irá se mobilizar para barrar os abusos.
Félix é réu em três casos gravíssimos de improbidade administrativa denunciados pelo MP. Em um deles já foi condenado, a do nepotismo ao empregar a esposa na presidência do Ceprosom. A ação do caso Unifarma já teve liminar reconhecendo indícios de irregularidades. E a merenda então, nem se fala. Tá pra existir algum órgão que APROVE a licitação e o contrato, além da Prefeitura.
É interessante sabermos como Félix vai lidar com este rótulo. De imediato, posso afiançar que nem entrevista ele quis dar aos jornais sobre o fato.
domingo, 21 de setembro de 2008
Justiça tarda, mas não...
Numa época em que autoridades sequer pensavam num plano diretor que orientasse o crescimento sustentável, a década de 90 ficou marcada em Limeira pela explosão demográfica surgida com o excessivo número de loteamentos.
Sem regras claras e controle por parte do Executivo, loteadores criavam espaços sem autorização alguma de órgãos competentes ou conhecimento ambiental. Resultado: tramitam na Justiça dezenas de ações civis públicas movidas pelo Ministério Público pedindo a condenação desses loteadores e, claro, do Município, por sua postura omissiva.
Um desses casos foi sentenciado recentemente e condena os dois, loteador e Município, a regularizar o espaço e a reparar danos ambientais. Leia mais aqui. Fica a lição para os que ainda querem fazer as coisas ao arrepio da lei. E o que tem de ação que ainda não foi julgada...
Sem regras claras e controle por parte do Executivo, loteadores criavam espaços sem autorização alguma de órgãos competentes ou conhecimento ambiental. Resultado: tramitam na Justiça dezenas de ações civis públicas movidas pelo Ministério Público pedindo a condenação desses loteadores e, claro, do Município, por sua postura omissiva.
Um desses casos foi sentenciado recentemente e condena os dois, loteador e Município, a regularizar o espaço e a reparar danos ambientais. Leia mais aqui. Fica a lição para os que ainda querem fazer as coisas ao arrepio da lei. E o que tem de ação que ainda não foi julgada...
Técnico é admitido na Prefeitura sem estar na lista de aprovados em concurso
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) descobriu coisas estranhas numa auditoria feita na Prefeitura. Um técnico em geomática foi admitido sem seu nome estar relacionado na lista de aprovados homologada pelo Edifício Prada. E, em outro caso, o 4º colocado foi chamado antes da 3ª. Muito estranho... Leia mais aqui
Ex-diretores da Lua têm 5 dias para pagar R$ 647 mil
Mais de dez anos depois, a Volkswagen ainda quer reaver dinheiro dos diretores da Lua Automóveis, sua antiga revendedora em Limeira, aquela mesma do golpe do consórcio "vip". Um juiz da Capital deu cinco dias de prazo para que o casal Terezinha Curti Kemmer e Walter Ney Kemmer depositem R$ 647,6 mil. Terezinha era a diretora financeira da concessionária. Leia mais aqui.
sábado, 20 de setembro de 2008
Juiz rejeita ação contra Mix e Gardinali
O juiz da 4ª Vara Cível de Limeira, Marcelo Ielo Amaro, julgou improcedente ação de indenização movida pelo Clube dos Cavaleiros contra a TV Mix e o apresentador Thiago Gardinali por uma reportagem onde foi abordado o mundo do rodeio.
Amaro isenta a reportagem de enviesamento: ".... basta o exame (...) para constatar que se retrata de relato do que ocorre insistente, sistematicamente, em rodeios, informando a forma como são tratados os animais para lhes extrair melhor performance para o 'show'" .
Outro trecho: "Há interessante entrevista de profissionais envolvidos com o tema, alertando sobre a necessidade de se manter limites técnicos e éticos para evitar o sofrimento desnecessário e cruel dos animais".
E uma ressalva: "Há de se compreender a imprensa como meio de se exercer a liberdade e a democracia constitucionalmente tuteladas, e para tanto há de se preservar, de interesse social, os referenciais da Constituição Federal e da Lei de Imprensa".
Acho engraçado o Clube dos Cavaleiros. No auge do impasse judicial sobre o local da festa desse ano (prolongado apenas por uma insistente teimosia da entidade, mais tarde revelada infrutífera), os diretores do Clube reclamaram da cobertura feita pela Gazeta (leia-se minhas reportagens) na questão do imbróglio judicial.
Diziam que, sendo uma empresa, consideravam-se prejudicados. Não entendo. Organizar uma festa para 40 mil pessoas é de interesse público. Noticiar os fatos que correm na Justiça sobre o mesmo evento, não, na visão deles. E aí ficam com essa mania de perseguição quando é feita uma matéria jornalística a respeita dos rodeios.
Fico com a citação do juiz sobre a importância da imprensa.
Amaro isenta a reportagem de enviesamento: ".... basta o exame (...) para constatar que se retrata de relato do que ocorre insistente, sistematicamente, em rodeios, informando a forma como são tratados os animais para lhes extrair melhor performance para o 'show'" .
Outro trecho: "Há interessante entrevista de profissionais envolvidos com o tema, alertando sobre a necessidade de se manter limites técnicos e éticos para evitar o sofrimento desnecessário e cruel dos animais".
E uma ressalva: "Há de se compreender a imprensa como meio de se exercer a liberdade e a democracia constitucionalmente tuteladas, e para tanto há de se preservar, de interesse social, os referenciais da Constituição Federal e da Lei de Imprensa".
Acho engraçado o Clube dos Cavaleiros. No auge do impasse judicial sobre o local da festa desse ano (prolongado apenas por uma insistente teimosia da entidade, mais tarde revelada infrutífera), os diretores do Clube reclamaram da cobertura feita pela Gazeta (leia-se minhas reportagens) na questão do imbróglio judicial.
Diziam que, sendo uma empresa, consideravam-se prejudicados. Não entendo. Organizar uma festa para 40 mil pessoas é de interesse público. Noticiar os fatos que correm na Justiça sobre o mesmo evento, não, na visão deles. E aí ficam com essa mania de perseguição quando é feita uma matéria jornalística a respeita dos rodeios.
Fico com a citação do juiz sobre a importância da imprensa.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Serra não dará Fatec a Limeira
Limeira não receberá uma Faculdade de Tecnologia (Fatec). Pelo menos não no governo Serra (PSDB).
À uma comitiva de políticos e educadores limeirenses, o secretário de Desenvolvimento e vice-governador Alberto Goldman, foi taxativo: a Fatec não vem porque Limeira já ganhou um câmpus da Unicamp. Na avaliação tucana, tá bom demais para a cidade.
Contra pesa também o fato de haver ao redor de Limeira várias unidades, como Americana, Mogi Mirim e, futuramente, Piracicaba. Em tese, essas Fatecs absorvem os limeirenses interessados num curso de tecnologia.
Especialistas e educadores, porém, discordam. Por ser um vestibular nacional, os limeirenses terão de "suar" muito para conseguir obter uma vaga na Unicamp. Corre-se o mesmo risco de acontecer como o Ceset, também da Unicamp, onde só 10% dos estudantes são da cidade.
Nesse sentido, a Fatec seria mais acessível aos limeirenses e há demanda desses profissionais na cidade. Mas, convenhamos, seria muito esperar que Serra beneficie tanto Limeira.
À uma comitiva de políticos e educadores limeirenses, o secretário de Desenvolvimento e vice-governador Alberto Goldman, foi taxativo: a Fatec não vem porque Limeira já ganhou um câmpus da Unicamp. Na avaliação tucana, tá bom demais para a cidade.
Contra pesa também o fato de haver ao redor de Limeira várias unidades, como Americana, Mogi Mirim e, futuramente, Piracicaba. Em tese, essas Fatecs absorvem os limeirenses interessados num curso de tecnologia.
Especialistas e educadores, porém, discordam. Por ser um vestibular nacional, os limeirenses terão de "suar" muito para conseguir obter uma vaga na Unicamp. Corre-se o mesmo risco de acontecer como o Ceset, também da Unicamp, onde só 10% dos estudantes são da cidade.
Nesse sentido, a Fatec seria mais acessível aos limeirenses e há demanda desses profissionais na cidade. Mas, convenhamos, seria muito esperar que Serra beneficie tanto Limeira.
Simplificação ingênua
Candidato Osmar Lopes (PT) é ingênuo ao tentar desqualificar a pesquisa Limite/Gazeta tentando simplificá-la numa transformação numérica e dizendo que menos de mil eleitores ouvidos não representa o total do eleitorado limeirense.
Por essa ótica, os mil e poucos ouvidos pelo Datafolha, que mostraram o recorde de popularidade do presidente Lula, também não representariam o sentimento do País.
Como se vê, o PT vangloria-se quando lhe é favorável e desce lenha quando está por baixo. Toda a pesquisa é feita por amostragem e espelha o momento da consulta. Qualquer aluno que estude matemática sabe disso.
Seria interessante, se há dúvidas em relação ao percentual apontado - a pesquisa põe Lopes com 0,8% das intenções de voto, Osmar encomendar uma pesquisa a outro instituto e divulgar o resultado em seu programa. Certamente não o faz porque não aparece em posição privilegiada.
Ao que tudo indica, o PT recuará em termos de votação nesse ano. Em 2004, o candidato do partido, Wilson Cerqueira, teve uma votação expressiva, se comparada com pleitos anteriores. Foi muito bem votado, o que o credenciaria a pelo menos tentar uma vaga na Câmara, onde fortaleceria a oposição ao governo Félix. Mas a saúde de Cerqueira não o ajudou e ele preferiu ficar fora.
Por essa ótica, os mil e poucos ouvidos pelo Datafolha, que mostraram o recorde de popularidade do presidente Lula, também não representariam o sentimento do País.
Como se vê, o PT vangloria-se quando lhe é favorável e desce lenha quando está por baixo. Toda a pesquisa é feita por amostragem e espelha o momento da consulta. Qualquer aluno que estude matemática sabe disso.
Seria interessante, se há dúvidas em relação ao percentual apontado - a pesquisa põe Lopes com 0,8% das intenções de voto, Osmar encomendar uma pesquisa a outro instituto e divulgar o resultado em seu programa. Certamente não o faz porque não aparece em posição privilegiada.
Ao que tudo indica, o PT recuará em termos de votação nesse ano. Em 2004, o candidato do partido, Wilson Cerqueira, teve uma votação expressiva, se comparada com pleitos anteriores. Foi muito bem votado, o que o credenciaria a pelo menos tentar uma vaga na Câmara, onde fortaleceria a oposição ao governo Félix. Mas a saúde de Cerqueira não o ajudou e ele preferiu ficar fora.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Aprovação da Unicamp não foi fácil
Uma leitura atenta da ata do Consu da reunião de 27 de maio de 2008 mostra que a aprovação dos 8 cursos da Unicamp para 2009 não foi tão fácil assim, apesar de o placar, ao final, ter sido dilatado a favor do início das aulas.
No Consu, órgão de deliberação máxima, todos os votantes têm direito a expor seu ponto de vista. O reitor, autoridade maior, é quem inicia os trabalhos. Naquele dia, o professor José Tadeu Jorge fez uma longa explanação sobre todos os aspectos que deveriam ser lembrados pelos conselheiros na votação, do mais favorável ao mais trágico cenário possível.
Tadeu Jorge havia conseguido, nos meses anteriores, angariar a simpatia dos conselheiros para o início das aulas em 2009. Já tinha, portanto, a maioria. Mas todos os que pronunciaram aquele dia da votação tinham um consenso sobre um ponto: o câmpus seria inaugurado com inúmeras precariedades. E isso foi amplamente debatido na sessão.
Em resumo: todos foram unânimes em considerar que o câmpus começa meio "capenga". Mas a própria Unicamp admite que não há momento ideal para se começar um câmpus. O de Campinas, por exemplo: no início, os alunos ficavam espalhados em vários prédios da cidade até que as salas de aulas ficassem prontas.
Mesmo com tantos apontamentos, a Unicamp apostou suas fichas para 2009. Lançou o câmpus. Se a verba para a manutenção for escassa nos próximos anos, é o governo estadual que poderá sair "arranhado". É bom lembramos: o reitor ainda tem na gaveta o documento assinado pelo então governador Geraldo Alckimin se comprometendo financeiramente com a universidade.
A Unicamp assumiu sozinha o inicio das aulas. Por isso, quando alguém aparecer na campanha eleitoral se vangloriando de ter trazido a Unicamp para Limeira, lembre-se da ata: há muito mais implicações/considerações que demagogia.
No Consu, órgão de deliberação máxima, todos os votantes têm direito a expor seu ponto de vista. O reitor, autoridade maior, é quem inicia os trabalhos. Naquele dia, o professor José Tadeu Jorge fez uma longa explanação sobre todos os aspectos que deveriam ser lembrados pelos conselheiros na votação, do mais favorável ao mais trágico cenário possível.
Tadeu Jorge havia conseguido, nos meses anteriores, angariar a simpatia dos conselheiros para o início das aulas em 2009. Já tinha, portanto, a maioria. Mas todos os que pronunciaram aquele dia da votação tinham um consenso sobre um ponto: o câmpus seria inaugurado com inúmeras precariedades. E isso foi amplamente debatido na sessão.
Em resumo: todos foram unânimes em considerar que o câmpus começa meio "capenga". Mas a própria Unicamp admite que não há momento ideal para se começar um câmpus. O de Campinas, por exemplo: no início, os alunos ficavam espalhados em vários prédios da cidade até que as salas de aulas ficassem prontas.
Mesmo com tantos apontamentos, a Unicamp apostou suas fichas para 2009. Lançou o câmpus. Se a verba para a manutenção for escassa nos próximos anos, é o governo estadual que poderá sair "arranhado". É bom lembramos: o reitor ainda tem na gaveta o documento assinado pelo então governador Geraldo Alckimin se comprometendo financeiramente com a universidade.
A Unicamp assumiu sozinha o inicio das aulas. Por isso, quando alguém aparecer na campanha eleitoral se vangloriando de ter trazido a Unicamp para Limeira, lembre-se da ata: há muito mais implicações/considerações que demagogia.
PT erra na estratégia
O PT de Limeira precisa de renovação.
Dois episódios na semana passada mostram que o partido está anos-luz de ser encarado a sério pela população limeirense como alternativa de governo: o movimento grevista no transporte coletivo e o protesto dos servidores municipais, este último liderado pela presidente do sindicato da categoria, que é a esposa do candidato do PT à Prefeitura, Osmar Lopes.
Não quero aqui entrar no mérito das reivindicações, as quais considero justas numa democracia. Todos têm de lutar por seus direitos, e a greve é uma das maneiras previstas na Constituição. Portanto, respeito esse direito. Mas os dois movimentos, ao contrário de que julgam seus organizadores, são mais tiros no pé do que qualquer coisa.
Osmar não passa de 1% nas pesquisas da Limite/Gazeta, e provavelmente não passará disto se achar que se seu partido incendiar os motoristas a "pararem" o transporte da população vai tirar votos de Félix.
Pelo contrário, é o que Sílvio precisa para reforçar seu discurso de conspiração política e armar o circo de ações de defesa: intimação às viações, notificações ao MP, rescisão de contrato, e todo filme que já vimos antes.
O PT é o partido mais forte do País. Tem um presidente recordista em popularidade, que poderá ficar para a História como a mais importante personalidade política da República. Lula pode deixar Getúlio e Juscelino na saudade. Um partido desses tinha tudo para ter boa representatividade política na cidade. Suplicy e Mercadante, dois quadros respeitáveis do PT, deram apoio a Osmar, mas o candidato não deslancha.
O PT precisa rever sua estratégia. Do contrário, ficará eternamente como coadjuvante. E não são movimentos como os da semana passada que vão melhorar sua imagem junto à população.
Dois episódios na semana passada mostram que o partido está anos-luz de ser encarado a sério pela população limeirense como alternativa de governo: o movimento grevista no transporte coletivo e o protesto dos servidores municipais, este último liderado pela presidente do sindicato da categoria, que é a esposa do candidato do PT à Prefeitura, Osmar Lopes.
Não quero aqui entrar no mérito das reivindicações, as quais considero justas numa democracia. Todos têm de lutar por seus direitos, e a greve é uma das maneiras previstas na Constituição. Portanto, respeito esse direito. Mas os dois movimentos, ao contrário de que julgam seus organizadores, são mais tiros no pé do que qualquer coisa.
Osmar não passa de 1% nas pesquisas da Limite/Gazeta, e provavelmente não passará disto se achar que se seu partido incendiar os motoristas a "pararem" o transporte da população vai tirar votos de Félix.
Pelo contrário, é o que Sílvio precisa para reforçar seu discurso de conspiração política e armar o circo de ações de defesa: intimação às viações, notificações ao MP, rescisão de contrato, e todo filme que já vimos antes.
O PT é o partido mais forte do País. Tem um presidente recordista em popularidade, que poderá ficar para a História como a mais importante personalidade política da República. Lula pode deixar Getúlio e Juscelino na saudade. Um partido desses tinha tudo para ter boa representatividade política na cidade. Suplicy e Mercadante, dois quadros respeitáveis do PT, deram apoio a Osmar, mas o candidato não deslancha.
O PT precisa rever sua estratégia. Do contrário, ficará eternamente como coadjuvante. E não são movimentos como os da semana passada que vão melhorar sua imagem junto à população.
Porque Serra veio a Limeira?
Faço essa pergunta insistentemente desde que soube, quando ainda estava no Litoral Norte, da "inauguração" do câmpus da Unicamp pelo governador José Serra (PSDB), aquele mesmo que mandou o antecessor Cláudio Lembo vetar os recursos para o funcionamento do câmpus para 2007 (Há quem diga, dentro da Unicamp, que os dois deveriam ser sempre lembrados negativamente pelos limeirenses pelo episódio).
Pura jogada de marketing político. Vamos aos fatos: no cronograma da Unicamp, o câmpus 2 seria inaugurado em dezembro, numa data entre os dias 15 e 18, com a presença dos integrantes do Conselho Universitário (Consu) e de Serra. Em janeiro, com a inauguração, instala-se um escritório administrativo, que pelo menos já falaria um "Bom dia! O que deseja?" para o limeirense.
Pois bem, Serra veio na sexta, com o câmpus em plena construção. Como "inaugurou", sendo que o espaço permanece sem atividade qualquer por enquanto? E como falar em inauguração sem a presença do reitor José Tadeu Jorge que, todos sabem, foi um dos grandes idealizadores e lutadores do câmpus 2? Muito mal explicado.
Dias depois, o governo estadual publica dois anúncios publicitários sobre a inauguração nos principais veículos de comunicação. Isso sem falar que "inaugurar" na véspera de eleição, quando nenhuma pessoa postulante pode aparecer, vai no contra-senso do que se entende por política.
Para completar o estapafúrdio episódio, Serra não anunciou nada de novo em sua passagem em Limeira, reavivou notícias velhas, teve de dar explicações para a greve dos policiais civis e enfrentou protestos de estudantes do Ceset, que lutam há anos por moradias ou ajuda mais significativa nessa questão.
A quem interessou a vinda de Serra à cidade?
Pura jogada de marketing político. Vamos aos fatos: no cronograma da Unicamp, o câmpus 2 seria inaugurado em dezembro, numa data entre os dias 15 e 18, com a presença dos integrantes do Conselho Universitário (Consu) e de Serra. Em janeiro, com a inauguração, instala-se um escritório administrativo, que pelo menos já falaria um "Bom dia! O que deseja?" para o limeirense.
Pois bem, Serra veio na sexta, com o câmpus em plena construção. Como "inaugurou", sendo que o espaço permanece sem atividade qualquer por enquanto? E como falar em inauguração sem a presença do reitor José Tadeu Jorge que, todos sabem, foi um dos grandes idealizadores e lutadores do câmpus 2? Muito mal explicado.
Dias depois, o governo estadual publica dois anúncios publicitários sobre a inauguração nos principais veículos de comunicação. Isso sem falar que "inaugurar" na véspera de eleição, quando nenhuma pessoa postulante pode aparecer, vai no contra-senso do que se entende por política.
Para completar o estapafúrdio episódio, Serra não anunciou nada de novo em sua passagem em Limeira, reavivou notícias velhas, teve de dar explicações para a greve dos policiais civis e enfrentou protestos de estudantes do Ceset, que lutam há anos por moradias ou ajuda mais significativa nessa questão.
A quem interessou a vinda de Serra à cidade?
Fracasso dos debates em Limeira
Entidades empresariais, religiosas e classistas de Limera prestam um desserviço à democracia e à população ao não promover debates entre os postulantes à Prefeitura ou sabatiná-los. Temos raras exceções (Apeoep e União Sindical), como sempre, mas no geral o resultado é um retubante fracasso.
Embora as intenções de voto apontem há algum tempo a renovação do mandato do prefeito Sílvio Félix, a eleição municipal é fundamental para que a cidade debata seus problemas com seus candidatos. Há, nesse relacionamento, ganhos incalculáveis para ambos os lados. Faz bem à democracia, faz bem para a cidade.
Acabo de voltar de São Sebastião, cidade do Litoral Norte, onde permaneci por quatro dias como repórter da Gazeta Litorânea, publicação do mesmo grupo que administra a Gazeta de Limeira. Nesse curto período, tive o privilégio de assistir a dois debates, ambos promovidos por segmentos religiosos (evangélicos e católicos) do município.
Reconheço que nada sabia sobre os problemas de São Sebastião. Mas os debates contribuíram para amenizar em parte minha ignorância. Acima de tudo, fizeram-me lembrar que campanha eleitoral é um momento único que precisa ser vivenciado pelo eleitorado de uma cidade.
Foi bonito ver, mais de onze horas da noite, as militâncias assistindo os debates em telões instalados em praça pública e se manifestarem, seja com vaias ou aplausos. No final, candidatos serem carregados e levados em carreata pública, num verdadeiro Carnaval fora de época. Lei eleitoral rigorosa, qual o quê! Mais vale a participação da população.
Nos dias seguintes aos debates, os sebastianenses que se encontravam com nossa equipe de reportagem, de cara, nos perguntavam sobre como havia sido o debate, se houve "alfinetadas", quem ganhou.
Era o assunto do dia. E os comícios eram o grande evento do final de semana. Haviam jovens nesse clima? Em meio ao debate, asseguro que era um jovem de pouco mais de 15 anos quem mais se esgoelava na hora de saudar a fala de seu candidato.
De volta à Limeira, a apatia das campanhas eleitorais é de decepcionar. A eleição pode até estar liquidada, mas creio que a cidade está perdendo a oportunidade de discutir seus problemas. E nossos candidatos têm parcela de culpa nisso tudo.
Nos raros debates promovidos, até secretário de Educação, que não é postulante a nada em outubro, é enviado no lugar do candidato. Félix e Quintal prestam desserviço à população e à democracia faltando aos debates. Por se tratar dos concorrentes que lideram a corrida, é algo a se lamentar profundamente. Uma pena, porque eleição municipal só tem a cada 4 anos. E é muuuuuuito tempo...
Embora as intenções de voto apontem há algum tempo a renovação do mandato do prefeito Sílvio Félix, a eleição municipal é fundamental para que a cidade debata seus problemas com seus candidatos. Há, nesse relacionamento, ganhos incalculáveis para ambos os lados. Faz bem à democracia, faz bem para a cidade.
Acabo de voltar de São Sebastião, cidade do Litoral Norte, onde permaneci por quatro dias como repórter da Gazeta Litorânea, publicação do mesmo grupo que administra a Gazeta de Limeira. Nesse curto período, tive o privilégio de assistir a dois debates, ambos promovidos por segmentos religiosos (evangélicos e católicos) do município.
Reconheço que nada sabia sobre os problemas de São Sebastião. Mas os debates contribuíram para amenizar em parte minha ignorância. Acima de tudo, fizeram-me lembrar que campanha eleitoral é um momento único que precisa ser vivenciado pelo eleitorado de uma cidade.
Foi bonito ver, mais de onze horas da noite, as militâncias assistindo os debates em telões instalados em praça pública e se manifestarem, seja com vaias ou aplausos. No final, candidatos serem carregados e levados em carreata pública, num verdadeiro Carnaval fora de época. Lei eleitoral rigorosa, qual o quê! Mais vale a participação da população.
Nos dias seguintes aos debates, os sebastianenses que se encontravam com nossa equipe de reportagem, de cara, nos perguntavam sobre como havia sido o debate, se houve "alfinetadas", quem ganhou.
Era o assunto do dia. E os comícios eram o grande evento do final de semana. Haviam jovens nesse clima? Em meio ao debate, asseguro que era um jovem de pouco mais de 15 anos quem mais se esgoelava na hora de saudar a fala de seu candidato.
De volta à Limeira, a apatia das campanhas eleitorais é de decepcionar. A eleição pode até estar liquidada, mas creio que a cidade está perdendo a oportunidade de discutir seus problemas. E nossos candidatos têm parcela de culpa nisso tudo.
Nos raros debates promovidos, até secretário de Educação, que não é postulante a nada em outubro, é enviado no lugar do candidato. Félix e Quintal prestam desserviço à população e à democracia faltando aos debates. Por se tratar dos concorrentes que lideram a corrida, é algo a se lamentar profundamente. Uma pena, porque eleição municipal só tem a cada 4 anos. E é muuuuuuito tempo...
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