Eleito de forma surpreendente em 2012, André Henrique da Silva (PMDB), o Tigrão, acumula, até o momento, um mandato marcado por episódios pitorescos e gafes que já estão virando "coleção".
Logo no início do mandato, concedeu entrevistas na quais dizia que tencionava montar seu gabinete inspirado no que o estilista Clodovil Hernandes mantinha em Brasília, à época em que era deputado federal, com um custo que chegaria a R$ 20 mil.
Depois, disse que houve exagero da imprensa, que não era bem aquilo, e começava ali o que ele acha que é perseguição da imprensa.
Em maio, veio à tona a história de que usou um veículo da Câmara Municipal para participar de um evento do seu partido, o PMDB, em Pirassununga. Tratava-se de um encontro com Paulo Skaf, então pré-candidato ao governo de São Paulo. Tigrão se esforçou para dizer que foi lá para buscar recursos para o município – o vice-presidente Michel Temer e o deputado Baleia Rossi também iriam ao local, mas não foram.
A Corregedoria abriu investigação, mas arquivou o caso. O MP abriu investigação sobre o mau uso do veículo oficial, e o procedimento segue em andamento.
Tigrão disse que houve exagero da imprensa, que não era bem aquilo e continuava ali o que ele acha que é perseguição da imprensa.
Aí Tigrão passou a circular na cidade com o “Tigrão Móvel”, veículo em tons carnavalescos.
No início de 2014, Tigrão envolveu-se em outra polêmica. Instado a votar sim ou não para abertura de uma Comissão Processante (CP), ele ficava em silêncio. Aí veio aquele episódio envolvendo o secretário legislativo Douglas Rodrigo da Silva, flagrado dizendo o que Tigrão deveria fazer.
Em abril deste ano, o vereador participou de um programa na TV Mix e suas declarações provocaram revolta de colegas de plenário. Sidney Pascotto (PSC), o Lemão da Jeová Rafá, fez um desabafo no plenário e pediu providências do presidente, Ronei Martins, sobre o que considerou ofensas à instituição. Tigrão teria dito que havia pena de galinha (referência à macumba), que tem nojo da Câmara, entre outras coisas.
O Conselho Municipal dos Interesses do Cidadão Negro (Comicin) protocolou um pedido de investigação sobre as declarações pejorativas.
Tigrão disse que houve exagero da imprensa, que não era bem aquilo e prosseguia ali o que ele acha que é perseguição da imprensa.
Vem agosto de 2014 e aparece na rede social do vereador uma montagem, de muito mau gosto, sobre uma brincadeira após o acidente aéreo que matou Eduardo Campos.
Tigrão apresentou várias versões. Na última, fez um registro tardio na Polícia Civil sobre o extravio de seu celular. Ele nega ter feito a postagem. A Corregedoria abriu outra investigação.
Tigrão diz que há exagero da imprensa, que não é bem isso e tudo indica que permanecerá o que ele acha que é perseguição da imprensa.
Mas veio setembro de 2014, e uma menina de 11 anos usou a Tribuna da Câmara para dizer, de forma indignada, que Tigrão simplesmente adotou sua ideia, ao apresentar um projeto que institui a Feira da Troca de Brinquedos em Limeira e ela sequer foi procurada pelo vereador.
Enquanto ela falava, Tigrão foi ao banheiro. Depois, foi visto fotografando, à noite, o caixa eletrônico da Câmara explodido na madrugada anterior.
Tigrão vai dizer, de novo, que é exagero da imprensa, que não é bem isso e continuará na tese de que é perseguido pela imprensa.
Convenhamos: o histórico mostra que Tigrão faz do mandato dele uma coleção de gafes.
Até uma menina de 11 anos cobra, publicamente, o vereador.
Passou da hora de Tigrão atuar com um pouco mais de seriedade, algo inerente ao cargo que ocupa.
Atualização das 11h: À Rádio Educadora, Tigrão elogiou, na manhã de hoje, a iniciativa da jovem que usou a tribuna da Câmara e disse que não conhecia a proposta já desenvolvida por ela. A jovem também disse que estava chateada não porque houve plágio (até porque a ideia foi implementada por uma entidade do Paraná), mas por não ter sido procurada. A postagem acima foi atualizada com esta última informação.
Crédito da imagem: Câmara Municipal de Limeira
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
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Rafael o nome do Secretário Legislativo da Câmara é Douglas Rodrigo, não Douglas Henrique.
ResponderExcluirObrigado pela dica, Eduardo. A correção foi feita. Abraços.
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