Difícil entender a lógica das relações políticas que Eliseu Daniel dos Santos (*na foto) defende para o Legislativo limeirense.
Na última segunda-feira, o presidente da Câmara foi contrário à aprovação da moção de protesto apresentada pelo vereador Ronei Martins (PT) contra o governador José Serra (PSDB) pela falta de diálogo com os professores grevistas da rede estadual e pelo confronto entre estes e policiais militares na semana passada.
O argumento utilizado pelo pedetista, que conclamou aos colegas a rejeitarem a moção, foi de que o Legislativo limeirense não poderia se indispor com instituição do governo do Estado, uma vez que a moção levaria a assinatura de toda a Mesa Diretora da Câmara. Disse, em resumo, que Limeira já não tem deputado para ajudar junto ao Estado, e que um posicionamento da Câmara com relação à postura de Serra seria prejudicial não só aos vereadores, mas à cidade.
É um argumento que você pode concordar ou não, mas, até então, que fundamentou-se no princípio de que a moção poderia trazer prejuízo à Limeira nas relações políticas com o Estado, o que, de fato, é plausível.
Mas Eliseu não parou por aí. Disse que Serra era um político de carreira limpa, e que não assaltou bancos como a outra candidata. Em seguida, descambou críticas ao PT, partido do atual presidente, dizendo que o cargo de tesoureiro desse partido deveria ser extinto. Ironizou Delúbio Soares.
Comentário do blog: A lógica de que é preciso manter relação de polidez com o governo do Estado para que Limeira não seja prejudicada não vale, concluo a partir das palavras de Eliseu, para o governo federal, que, aliás, assinou convênio em janeiro, durante a visita da "outra candidata", como disse Eliseu, no valor de R$ 42,9 milhões para obras de expansão do sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto de Limeira.
Ao defender a não-partidarização das reivindicações dos professores da rede estadual, o presidente do Legislativo limeirense elogiou um pré-candidato e ironizou a outra. Partidarizou o que pretendia não-partidarizar.
Eliseu tem o direito de ter opinião formada sobre o PT, Lula, Dilma, Serra, Apeoesp, Delúbio Soares e de expressá-la, mas, na opinião deste blog, errou ao usá-la na hora de defender uma posição do Legislativo limeirense.
* Retirada do site www.camaralimeira.sp.gov.br
quarta-feira, 31 de março de 2010
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Infelizmente, Rafael, o problema do Eliseu é que ele não consegue desatrelar sua posição contrária e de raiva que destila contra Ronei, da política como um todo. Ele não esteve, de "papagaio de pirata" na visita da Dilma? O que ocorre, na verdade, com o presidente da Câmara, é que ele tem um pouco de inveja do discurso de Ronei. Ele gostaria de estar falando e fazendo o que Ronei fala e faz, porém sua fidelidade ao Executivo (e entenda fidelidade da forma como achar melhor) o impede de ser um político autêntico. A verdade é uma só: político que muda de partido por conveniência é o grande problema da política brasileira. Ele tem razão quando diz que Serra não roubou bancos. E se conhecesse um pouco da história política brasileira saberia, que a Dilma também não roubou banco. É visível nos olhos de Eliseu - eu já presenciei isso - seu ódio ao vereador Ronei. Quanto ao PT, se amanhã virar poder em Limeira, não duvido muito que o próprio Eliseu mude de postura...
ResponderExcluirFalou e disse Rafael! Falou e disse Cláudio!
ResponderExcluirO Eliseu, com quem tenho uma relação de muito respeito e cordialidade, tem dado muitos foras ultimamente.
Talvez seja o peso do cargo que ocupa.