Por mais de uma semana ele ficou ali, estirado ao chão da praça, com o rosto coberto com um saco de lixo para se proteger do frio (ou para evitar olhar para todos?), um pedaço de pano para esquentar as pernas, as mãos para o alto, como se gritasse há tempos sem ouvir respostas, o corpo em estado avançado de inanição, enfraquecido, clamando por um alimento qualquer ou um copo de água que lhe devolvesse o sabor da esperança.
Há duas ou três semanas, na Rua Dr. Trajano, uma criança, menos de cinco anos de idade, chamava a atenção de quem passava pelo coração de Limeira. Ao lado da mãe, sentada na calçada, tinha os olhos desfalecidos, longínquos. Sorveu o frasco de água, oferecido por uma transeunte, como se fosse o último galho disponível para se segurar ante um penhasco. Permaneceu, ainda, trêmula de fome. Leia mais no blog da coluna Prisma.
segunda-feira, 15 de março de 2010
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