Para quem será o relator de um procedimento em uma comissão do Senado, é de se estranhar o rápido posicionamento do senador Romeu Tuma (PTB), que, em visita rápida ontem à Limeira (não conheceu o Horto in loco), manifestou-se favorável à revogação da portaria do Ministério do Planejamento que criou um assentamento no Horto, atualmente suspensa por liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Tuma tomou conhecimento apenas da versão apresentada pela Prefeitura, onde foi recebido com ares de herói - houve até quem se emocionou ao ouvir o petebista dizer que será um soldado de Limeira. O espírito marqueteiro do governo Félix convence qualquer um que não teve acesso às documentações já apresentadas à Justiça a respeito da titularidade das terras do Horto.
Seja como for, o político poderá ser útil às intenções da Prefeitura se conseguir, de fato, convencer Paulo Bernardo a recuar, algo difícil por um mero fator: a União sabe, e as primeiras manifestações judiciais sinalizam isso, que detém a posse do Horto e tem todo aquele espaço para dar alguma destinação. Não há, em horizonte próximo, outro projeto senão o do assentamento.
Ainda que aceite negociar uma outra área para efetuar o assentamento, a União ficará, caso a Justiça confirme sua posse, com aquele espaço vago. O MST também saberá disso e não dará folga. Manter o projeto do assentamento é o posicionamento mais confortável do Ministério do Planejamento. Se houver a ratificação da Justiça, Tuma terá de se desdobrar para convencer Bernardo do contrário.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
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