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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Febraban compra briga, mas entendimento jurídico favorece legisladores limeirenses

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) comprou, de fato, briga com os vereadores de Limeira ao começar a questionar na Justiça as leis recentementes aprovadas pela Câmara Municipal, que debruçou-se sobre os casos de saidinhas bancárias.

Conforme revelou hoje a repórter Bruna Lencioni na Gazeta de Limeira, a primeira lei já foi suspensa provisoriamente pelo Tribunal de Justiça (TJ-SP), a que obrigava a colocação de painéis opacos entre os caixas eletrônicos.

Pode vir mais, pois a entidade já sinalizou que estuda as demais leis limeirenses que versam sobre as instituições financeiras.

Legislar temas de instituições financeiras é polêmico, pois os bancos, por serem regulados pelo Banco Central (BC), acreditam que somente leis federais podem impor mudanças.

Várias leis municipais estão sendo analisados pelo Judiciário em todo o País, e diversas jurisprudências estão e devem futuramente orientar as decisões dos magistrados.

Neste mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu a favor dos municípios. O caso era em relação à obrigatoriedade da instalação de bebedouros, sanitários e assentos nos estabelecimentos bancários.

Venceu o voto da ministra Eliana Calmon, de que já existe entendimento jurídico tanto no STJ quanto no STF de que a matéria não é de competência legislativa privativa da União.

Segundo a decisão, a competência da União para regular o sistema financeiro não inibe Estados e Municípios de legislar em prol dos usuários dos serviços bancários.

Tomando por base esta decisão, os vereadores têm bons motivos para acreditarem numa vitória lá na frente.

Mas será bem lá na frente, pois a Febraban tem estrutura jurídica para tentar até o último recurso derrubar as leis limeirenses.

2 comentários:

  1. Acredito, Rafael, que as leis criadas no âmbito muncipal não sejam eficazes. Tem que atacar o bolso destas intituições. Como? O prefeito prometeu a divulgação de um ranking das agencias mais visadas pelos bandidos. "Queimando o filme" da instituição, quem sabe elas não reagem e protejam os seus clientes.

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  2. Marciél, eu acredito que os bancos vão acionar a Justiça para que a Prefeitura não divulgue esse ranking. Curiosidades: os bancos que estão se adaptando às leis são, em sua maioria, públicos, ou seja, gastam o nosso dinheiro; os bancos que resistem são, em sua maioria, os privados, ou seja, que teriam de tirar do lucro deles para investir. Será uma discussão longa e difícil, porque os bancos não darão o braço a torcer tão fácil assim.

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