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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ao atacar Dr. Gérson, Cortez faz diagnóstico superficial da saúde em Limeira

O vereador César Cortez (PV) teve um de seus surtos políticos na última segunda-feira e descobriu que o setor de saúde no Município não anda bem.

Médico que é, fez o diagnóstico e prescreveu, de forma virulenta, o remédio em discurso na Câmara Municipal: a saída do secretário de Saúde, Gerson Hansen Martins, e outros da pasta.

Mais superficial, impossível.

Não é de hoje que faltam médicos na rede pública de saúde, muito menos que as consultas demoram meses para serem realizadas.

Num exemplo: o geriatra que hoje falta no município também faltava na época, por exemplo, em que Elza Tank comandava a pasta.

E Cortez não pedia a cabeça de Elza.

Também não foi Dr. Gerson quem trouxe a Unifarma e a Prescon à Limeira, em contratos que custaram milhões aos cofres públicos, suficientes para construir várias unidades básicas de saúde e melhorar os salários dos médicos - no caso da Unifarma, há uma ação civil pública do MP em andamento na Justiça, considerando a atuação da empresa irregular, espécie de terceirização da saúde.

A Secretaria de Saúde faz concurso, mas os médicos recusam assumir os cargos por causa dos baixos salários pagos pela Prefeitura.

Que culpa tem Martins nisso?

Secretário, convém lembrar, que levará no currículo algo que Cortez não terá: enfrentar, como a principal autoridade de saúde de um município, uma pandemia global como foi a gripe suína.

Dentro das possibilidades, ele fez o que pôde. Transparência com as informações não faltou. E isso é algo que está rareando no serviço público.

É claro que há problemas na saúde. Mas se Cortez estiver mesmo disposto a ajudar o município, em vez de atacar superficialmente, poderia propor a criação de uma comissão na Câmara para apurar, de fato, o que está havendo na Secretaria Municipal de Saúde.

Se os vereadores criaram uma comissão para discutir o carnaval de rua - importante, mas não vital -, podem muito bem discutir e propor soluções na saúde, criando uma outra para este fim.

Gerson Martins merecia, no mínimo, mais respeito.

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