Antônio Carlos Magalhães se foi. Não deixou prática exemplar na política – violou o painel do Senado e teve que renunciar para escapar da cassação em 2001. Sua atuação sempre me lembrou a de Eurico Miranda, polêmico presidente do Vasco. Seus protegidos o adoram, os "de fora" criticam, e os formadores de opinião até acham corretas suas atitudes, posicionando-se do lado do torcedor, ou no caso, do eleitor.
ACM esteve sempre próximo ao poder. Colecionou inúmeros adversários, mas como na política os ventos mudam toda hora, sabia como fazer de um inimigo, um aliado estratégico para se manter na orla do poder. Encarnou o coronelismo arcaico, personificado nas oligarquias nordestinas.
Com a morte de ACM, o Brasil também perdeu um provável guerrilheiro. Sempre detestei esta idéia de servir a Pátria (ainda bem que não passei no TG), mas a única vez que considerei pôr em risco minha vida pelo País seria no caso de ACM um dia vir a ser presidente. Prometi me alistar em um grupo guerrilheiro, se isso ocorresse. Com um delírio juvenil, ACM também se acabou.
sábado, 21 de julho de 2007
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