Das entrevistas concedidas à imprensa, inclusive à Gazeta de Limeira, no apagar de 2015, depreende-se que o prefeito Paulo Hadich começa o último ano de administração com mais otimismo do que anos anteriores.
Nem mesmo o orçamento minguado previsto para 2016 o impediu de anunciar projetos que lhe faltaram nos três últimos anos, como a novidade do Parque do Mirante no Jardim Planalto, ou, finalmente, a concretização de outros já previstos faz tempo, como a duplicação do restante do anel viário e seu recapeamento, e o bosque municipal, novo nome para substituir o projeto do jardim botânico no antigo zoológico no Centro, pensado inicialmente por Silvio Félix.
Hadich iniciou 2015 com o objetivo de começar a colher frutos de trabalhos, dizia ele, de base nos primeiros dois anos de mandato. Mas a epidemia de dengue varreu por completo esse otimismo, embora muitos projetos tenham andado a contento, como nas áreas de Segurança (muralha digital), Educação (escola em tempo integral), habitação (Rubi e outros projetos habitacionais), lazer (festivais gastronômicos), entre outros.
A dengue derrubou mais ainda a avaliação de Hadich perante a população, colocando-o com níveis de reprovação semelhantes ao do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e a da presidente Dilma Rousseff, como evidenciou a pesquisa feita pela Limite Consultoria a pedido da Gazeta, divulgada na metade do ano.
No ano eleitoral, Hadich sabe que, se deseja mais um mandato à frente do Edifício Prada, terá de fazer um ano de recuperação, ao menos em termos de imagem à população limeirense. Seus níveis de rejeição superavam, até a metade de 2015, os índices de Félix e Lusenrique Quintal, taxa que traz limitações às expectativas eleitorais.
A vantagem que tem sobre os demais é a máquina pública e todos os benefícios decorrentes dela, como o fim das obras do piscinão, a verba finalmente liberada para o anel viário, ou seja, obras visíveis.
A desvantagem é que a insatisfação acumulada da população ao longo dos últimos três anos está prontinha para ser capturada pelos futuros rivais de Hadich na disputa pelo Prada – e o que Hadich mais legou a eles são polêmicas que causam-lhe desgaste à exaustão, lideradas pelas inéditas 20 mortes por dengue.
Em ano de decisão sobre o futuro da cidade, os limeirenses serão bombardeados por dois discursos: o de manutenção do famigerado “novo tempo” prometido por Hadich (que terá de passar pelo crivo final da população) e o de necessidade de novos rumos já ensaiado pelos principais concorrentes, como Botion, Eliseu e Quintal. O debate que será travado nesta eleição ditará o rumo de Limeira na reta final desta década. Boa sorte aos limeirenses neste 2016.
* Artigo publicado originalmente na Gazeta de Limeira edição de 4-1-16
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
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