Conhecidíssima da população limeirense, a ex-deputada Aline Correa (PP-SP) deve ter problemas no Judiciário.
Ela acaba de ser indiciada pela Polícia Federal em um dos desdobramentos da Operação Lava Jato.
Conforme divulgado pelos sites dos grandes jornais, ela está no rol de indiciados que inclui também seu pai, os ex-deputados Pedro Corrêa (PP) - seu pai -, André Vargas (ex-PT) e Luiz Argolo (Solidariedade), todos presos desde o mês passado.
Diz a Folha de São Paulo que os ex-deputados do PP recebiam uma espécie de mesada do doleiro Alberto Youssef porque o partido havia indicado Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Ao longo de seu mandato na Câmara dos Deputados, Aline manteve muitos vínculos com Limeira, cidade de origem de seu marido. Ela foi uma aliada e tanto do então prefeito Silvio Félix, que, na falta de um representante limeirense no Congresso, sempre recorria à deputada para debater assuntos de Limeira.
Aline visitou diversas vezes a cidade. Esteve presente em cerimônias, como inauguração de feira de joias e do prédio do Samu. No Congresso, ela auxiliou Félix nos debates a respeito da posse do Horto Florestal, conflito que envolve o MST, até hoje ainda não resolvido.
A parceria com Félix era tão afinada que, depois das eleições de 2010, o presidente da Câmara Municipal, Eliseu Daniel dos Santos, rompeu politicamente com o então prefeito, alegando que ele teria feito mais campanha para ela do que ele, que não conseguiu uma vaga de deputado federal.
Aline também participou de eventos com o atual prefeito Paulo Hadich. Ela esteve ao seu lado na inauguração de uma feira de joias em 2013. Antes disso, quando ele ainda era prefeito eleito, em 2012, Aline intermediou uma audiência de Hadich com o então ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), em Brasília.
Quando teve seu nome citado na lista de políticos que seriam investigados pela Lava Jato, Aline afirmou à imprensa que estava tranquila. "Conheço meu comportamento, sei qual foi minha atividade política nesses oito anos que eu exerci (mandato de deputada federal de 2007 a 2014) e estou muito tranquila e confiante de que não tenho nada a esconder nem dos meus eleitores nem da vida minha pública, que é transparente", afirmou.
Aline chegou a ser acusada, perante o Supremo Tribunal Federal, de crime de apropriação indébita previdenciária, por descontar a contribuição de empregados e não repassar o valor ao fisco entre agosto de 2000 e outubro de 2001. Em 2014, o STF absolveu-a, concluindo que não havia justa causa de prática do crime, uma vez que ela não participou efetivamente da administração da sociedade em questão.
segunda-feira, 11 de maio de 2015
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