O juiz federal João Carlos Cabrelon Oliveira conseguiu, no mesmo despacho, dar uma vitória e uma derrota ao grupo do MST que está instalado no Horto.
Ele rejeitou a concessão de liminar de reintegração de posse pedida pelo Município por entender que o MST tem predisposição a não acatar decisões judiciais de forma pacífica. Cabrelon teme novos confrontos numa possível reintegração à força pela PM.
Discordo. Predisposição não deveria pesar numa formulação de juízo. É um elemento subjetivo, que premia a ação de quem - ainda que supostamente - viola a lei.
Por outro lado, o mesmo juiz determinou que o MST não altere a área por ele ocupada, sob risco de multa em R$ 5 mil por dia. Nem plantar mais pode. E olha que o grupo já está fazendo colheita de culturas. A determinação, contestada pelo Incra, mas rejeitada novamente pelo juiz, pode custar caro para o movimento lá na frente.
O caso, afirmam pessoas próximas do processo, é extremamente complexo. Não há previsão para a sentença final.
Há quem aposte - e gente gabaritada - que tudo não passa de uma farsa com data marcada para acabar. Com a proximidade das eleições, uma retirada do grupo soaria como uma vitória do prefeito e candidato a reeleição Sílvio Félix.
Pode até ser, mas o pedetista, no momento, nem precisa disso para ser o favorito em outubro. Há muito a Prefeitura não envia mais documentos para subsidiar o Ministério Público - o promotor Cléber Masson já demonstrou posicionamento contrário à ocupação do MST.
Parece que MST já não preocupa mais Félix. Pelo menos, para as eleições.
domingo, 13 de julho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Envie seu comentário