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domingo, 13 de maio de 2007

O dia em que Limeira parou

Completa-se, entre os dias 12 e 15 de maio, um ano dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC). Lembro-me que, justamente na manhã posterior à guerra iniciada em São Paulo, estava cobrindo polícia, no lugar do colega Assis Cavalcante.
O JB Anthero, fotógrafo, entrou na redação, dizendo dos ataques em São Paulo e para eu ficar atento quando fosse para a Seccional. E justamente quando lá estive, pude perceber o impacto daquilo, ainda que Limeira não tivesse registrado ocorrência na noite anterior.
Do lado de fora da delegacia, mirando as placas que impediam o tráfego de veículos em frente ao prédio, liguei para a PM de Rio Claro: nada de ataques na sub-região, mas havia coisa em Americana. Teclei para lá, e com um pouco dificuldade, obtive os dados. Um policial, fora de serviço, morto em uma lanchonete. Quando fui para a redação escrever a matéria, até hoje não vi nada parecido. Refiz pelo menos uma sete vezes o lead da matéria tal era o número de mortos atualizado que nos chegava.
Naquela tarde, fiquei torcendo para que a onda de ataques não chegasse a Limeira naquele sábado, para que nosso jornal não ficasse desatualizado no domingo. Não deu. No final da mesma noite, a primeira morte. Estranhamente, fiquei com princípio de febre aquele dia. A cidade teria a mesma sensação nos dias posteriores.
Dia 15, segunda-feira. Após mais duas mortes, uma onda de boatos, sobre ataques e saques, fechou o comércio, escolas e empresas. Limeira parou. Nada aconteceu, mas a cidade dormiu com medo aquela noite. Um ano depois, o PCC de Limeira arrefeceu-se, mas dorme à espreita, sem sinalizar o próximo capítulo. Dr. Capello afirma que os principais integrantes da facção em Limeira já foram identificados e presos.

Um comentário:

  1. Bom, enquanto você não atualiza, vou lendo os outros posts.

    Eu gosto do blog como meio de informação.

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